A AD – Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas com 86 deputados, enquanto PS e Chega empatam no número de eleitos para o parlamento, 58, quando estão apurados todos os votos nos círculos nacionais.
Aos eleitos da AD – Coligação PSD/CDS, juntam-se ainda três parlamentares que somaram votos suficientes na Região Autónoma dos Açores, onde a coligação junta, além do PSD e CDS-PP, o PPM e que registou 0,62%, traduzindo cerca de 37 mil votos.
A AD somou 32,10% (1,9 milhões de votos) dos votos nos círculos do território nacional, enquanto os socialistas obtiveram 23,38% e o Chega 22,56%, registando-se uma diferença de 48.916 votos entre estes dois partidos.
Em 2024, a AD tinha somado 77 parlamentares, o PS 78 e o Chega 50.
Nestas idas às urnas, a Iniciativa Liberal viu subir para nove os eleitos para a sua bancada parlamentar, ao conseguir 5,53%, quando em 2024 somava 8 e 4,94%.
Em ascensão esteve também o Livre, somando a partir de agora seis deputados, ao conseguir 4,20%, depois de há um ano ter eleito quatro deputados e uma percentagem de 3,16%.
A coligação CDU ficou um deputado abaixo do conseguido em 2024, fixando a sua bancada agora nos três deputados, depois de somar 3,03%.
O Bloco de Esquerda passa, tal com o PAN, a uma deputada única. Apenas a líder bloquista Mariana Mortágua foi eleita quando em 2024 o partido tinha cinco representantes, ao somar 2%.
O PAN mantém apenas como representante Inês Sousa Real depois de somar 1,36% dos votos, descendo na comparação com os 1,95% de 2024.
A estrear-se na Assembleia da República estará o JPP, que somou votos suficientes na região da Madeira para Filipe Sousa.
Parlamento
A composição parlamentar para a próxima legislatura voltou a alterar-se com as eleições de domingo, com a AD a ganhar mais 10 deputados, PS a perder 19, Chega a somar mais 10 e um estreante, face a 2024.
A AD (PSD/CDS-PP) e a coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores, a IL e o Chega têm juntos mais de dois terços dos deputados, somando por enquanto 156 eleitos em 230, quando estão ainda por atribuir quatro mandatos pela emigração.
Uma maioria de dois terços de deputados – 154 – permite aprovar alterações à Constituição e é também o mínimo exigido, por exemplo, para se eleger juízes do Tribunal Constitucional, o provedor de Justiça, o presidente do Conselho Económico e Social e vogais do Conselho Superior da Magistratura, entre outros órgãos.
Segundo os resultados provisórios das legislativas antecipadas de domingo, PS e Chega elegeram ambos 58 deputados no território nacional, pelo que também a soma dos deputados de PSD e CDS-PP e da IL com os do PS dá 156 deputados, mais dois do que os 154 que correspondem a dois terços da Assembleia da República.
Nesta nova legislatura deixará, no entanto, de haver uma maioria de dois terços formada apenas pelos eleitos de PSD e PS, ou da AD e do PS, mesmo que os quatro mandatos da emigração fossem todos para estas forças políticas.
Segundo os dados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da administração Interna, a AD elegeu 86 deputados e a coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores três, o PS e o Chega elegeram ambos 58, a IL nove, o Livre seis, a CDU (PCP/PEV) três, o BE um e o PAN também um.
Esta composição não inclui ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.