2ª ExpoAzeite reúne importadores e distribuidores

Da Redação

Em 09 de setembro, será aberta a 2ª ExpoAzeite em São Paulo, no Hotel Intercontinental. Já consagrado no ano anterior, o evento espera para este ano cerca de 50% a mais de participantes que em 2007, onde recebeu cerca de 650 participantes. Em maio, o evento foi organizado no Rio de Janeiro, no mês de agosto em Vitória, no Espírito Santo, e para 2009 está previsto para estar também em Salvador e Porto Alegre.

Durante a 2ª ExpoAzeite os participantes poderão conhecer mais sobre o produto por meio de palestras que explicam técnicas, mercado e gastronomia. No término do dia será realizada uma mesa redonda sob comando do chef Carlos Bertolazzi com a participação de alguns dos profissionais mais respeitados do país como Luciano Percussi, Paulo Barros, Ana Zambelli, Alessandro Nicola, entre outros.

Segundo o Conselho Oleícola Internacional a estimativa é duplicar o consumo interno até 2015. Patrícia Galasini, organizadora do evento, explica que o mercado de azeites e azeitonas movimenta mais de 3 bilhões de dólares por ano no Brasil. "O consumo per capita aumentou em média 6%, chegando a 400 mg por ano. Estamos entre os dez maiores consumidores do mundo, sendo o primeiro em extra-virgem. No entanto ainda temos muito potencial a ser explorado", destaca.

Mitos, como o que muitos ainda acreditem que o azeite perde suas características organolépticas quando aquecido, devem ser eliminados da mente do brasileiro nos próximos anos com o crescimento do mercado. "Como qualquer outra gordura, o Azeite só perde suas propriedades quando atinge temperaturas superiores a 150º C, ou seja, quando já está queimando. Ele não serve apenas para temperar saladas e pizzas", explica.

A principal diferença entre o azeite de oliva e os demais óleos é que este é extraído de uma fruta, os demais são extraídos de um grão, uma semente ou noz. Para produzi-lo é necessário que as azeitonas sejam colhidas à mão e no tempo certo. Estudiosos afirmam que aquelas que caem das árvores possuem uma acidez maior do que o necessário não produzindo um óleo de qualidade. Já foi catalogado mais de 60 tipos de azeitonas, entretanto o sabor e as características variam devido à variedade do clima do local de plantio.

Existem 10 tipos de azeite com qualidade, cada um com sua característica própria. O sabor do amendoado lembra frutos secos, do frutado reflete um conjunto de sensações de aromas que variam pelo grau de maturidade da azeitona. Os frutos maduros produzem aromas mais suaves e doces. O produto com sabor amargo é percebido na parte posterior da língua e característico de uma azeitona mais verde. O doce trata-se de um azeite que dá uma sensação doce na boca, notada na parte anterior da língua, contudo não se está falando de um produto açucarado. O sabor doce mascara o sabor amargo e picante do azeite. O denominado denso trata-se da viscosidade ou aspereza presentes em alguns tipos de azeite. Atributo apreciado por alguns consumidores.

O tipo fragrante é um azeite de oliva virgem que após a avaliação sensorial no aspecto olfativo é identificado como um produto com riqueza de aroma. A fragrância do azeite é um atributo positivo e varia de acordo com a variedade da azeitona e com o método de processamento. O herbáceo é o azeite com aromas e sabores de ervas recém cortadas. O denominado maçã é aquele que possui o aroma e o sabor da fruta. O picante é aquele que quando ingerido produz uma sensação de picor na garganta. Para finalizar temos o verde que é aquele com aroma de ervas recém cortadas ou de folhas das oliveiras. São azeites obtidos de azeitonas processadas com os talos, as folhas e as ramas verdes. O aroma da folha passa para o azeite.

Como o fenômeno que ocorreu com o vinho alguns anos atrás o azeite de oliva começa a despertar a atenção dos consumidores gourmets que tem interesse em saborear um bom azeite. "O ideal é que o consumidor prove uma pequena porção do produto puro logo depois da compra, assim aos poucos vai percebendo qual é a sua preferência. Outro fator importante é o prazo de fabricação do produto. Diferente do vinho o ideal é que o azeite seja novo, já que sua qualidade é maior logo após o ênfase", finaliza Patrícia.

Ao comprar um azeite deve-se prestar atenção também em sua acidez. A União Européia classifica azeites de oliva extra-virgem aqueles que possuem uma acidez menor que 0,8%. Aqueles que se classificam como azeite de oliva virgem possuem entre 0,8% e 2%de acidez. Os azeites com acidez maior do que 2% denominam-se azeite de oliva virgem lampante. Destinam exclusivamente para uso industrial na mistura com outros azeites de Oliva. Azeites que superam o grau de acidez de 2% ou que por problemas climáticos ou de processo apresentam defeitos sensoriais são destinado ao refino é não são vendidos aos consumidores e destinam-se exclusivamente a utilização industrial, ou seja, são misturados com outros azeites de oliva. Esta mistura de azeite refinado com azeites de oliva virgens (extra, fino ou lampante) recebe a denominação genérica azeite de oliva. O importante é que o grau de acidez final não supere 1%.

Durante a 2ª ExpoAzeite o público poderá provar diversos tipos de azeite e conversar com seus importadores. Para se inscrever, acesse o site www.expoazeite.com.br. A entrada é gratuita. O evento acontece das 8h30 às 19h, no Hotel Intercontinental – Al. Santos, 1123, Cerqueira César – S.Paulo.

Confira a programação: • 9h30 às 10h30: João Vieira – EPAMIG – Estudo de Caso Maria da Fé MG • 10h00 às 10h40: Gabriel Tarquinio Bertozzi – Mercado de azeitonas e azeites no Brasil • 10h40 às 11h00: Degustação de Azeites • 11h00 às 12h00: Luciano Percursi – A História do Azeite • 14h00 às 15h00: Douglas Cezar Bartholomeu – História do azeite, países produtores, modo de produção e classificação. • 15h00 às 16h00: Ana Zambelli – Azeite e Saúde • 16h30 às 18h00: MESA REDONDA: ao comando de Carlos Bertolazzi, recebe Paulo de Barros (Due Cuochi), Ana Zambelli (Noah), Alessandro Nicola (SENAC), entre outros.

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