Fundão tem taxa de retenção de imigrantes acima dos 70%

Fundão, Centro de Portugal

Nesta semana, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, informou que a taxa de retenção de imigrantes no concelho é superior a 70% e que a taxa de desemprego se tem mantido baixa.

Segundo Paulo Fernandes, outro dado relevante é que, mesmo para grupos vulneráveis, a autonomização é feita em média em menos de um ano, um número muito inferior a outros espaços europeus.

O presidente da Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, destacou a importância dos migrantes para o funcionamento da economia no concelho do Fundão, onde existe um Centro para as Migrações e políticas de integração socioprofissional.

“Nós temos uma grande capacidade de inserção socioprofissional dos migrantes que têm vindo e a taxa de desemprego mantém-se historicamente muito baixa. Se não tivéssemos os migrantes, estávamos a perder economia”, acentuou Paulo Fernandes, em declarações à agência Lusa.

De acordo com Paulo Fernandes, “as pessoas ficam, querem ficar aqui a trabalhar e é possível ter as suas famílias, uma grande vantagem no processo de inclusão, porque acelera o processo e reduz riscos”.

O presidente adiantou que os imigrantes no concelho estão a responder às necessidades de trabalho, nomeadamente na restauração e turismo, na construção civil, na agricultura, nas instituições que cuidam de idosos ou na indústria.

Atualmente, estão registados na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) duas mil pessoas, mas anualmente esse número pode duplicar, com os trabalhadores sazonais que passam pelo concelho.

“Provavelmente iríamos ter muito maior desemprego se os nossos migrantes saíssem, porque isso significava que algumas das empresas fechavam, que alguns dos nossos restaurantes fechavam, que algumas das nossas respostas para tratar os nossos idosos fechavam, que a construção civil parava”, ilustrou Paulo Fernandes.

O presidente da Câmara do Fundão frisou que, “quem vem, vem criar emprego para outros, porque, se não viessem, as empresas não eram sustentáveis”.

A taxa de desemprego no Fundão é de 6,3% e Paulo Fernandes vincou a importância da imigração para a economia local.

“Se não houvesse migrações, a probabilidade de nós termos, de facto, uma taxa de desemprego muito maior, era quase certa”, acrescentou.

O Fundão acolheu, até quarta-feira, o evento INVOLVIM, de Serviços Informais de Voluntariado para Imigrantes Baseados no Trabalho, para trocar experiências e aprimorar o atendimento disponível, prevenindo a exclusão social.

A parceria, reunida no Casino Fundanense, abrangia cinco regiões europeias da Finlândia, Polônia, Eslovênia e Irlanda, além de Portugal.

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