Nossos “Heróis do Mar” triunfam na Alemanha, apesar da derrota

Por Emidio Tavares

Numa partida onde predominou a maior qualidade técnica dos jogadores franceses, o time de Zinedine Zidane conseguiu saber usar desta vantagem para apenas administrar o jogo, anulando com isso o ímpeto e a garra dos lusos, que até então eram os maiores predicados do selecionado de Felipão, inferior tecnicamente.

Apenas tocando a bola de pé em pé, sem muita firula e mesmo sem ter seu maior astro reeditando a atuação que teve contra o Brasil, a França soube segurar o resultado até ao final da partida e com isso garantir a passagem para a finalíssima da Copa da Alemanha.

Ainda assim, Portugal foi o selecionado que teve a maior porcentagem de posse de bola (60% a 40%) , e o que mais chutou a gol durante toda a partida (12 chutes contra apenas 5 dos franceses); tendo sofrido 18 faltas e feito 11, cedendo 3 escanteios e conseguindo 8 a seu favor.

Mas, numa jogada isolada e individual, Henry passou por Ricardo Carvalho dentro da área e foi tocado no tornozelo pelo zagueiro do Chelsea, para penalidade máxima assinalada pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda  e convertida por Zidane (embora Ricardo ainda tenha tocado na bola), aos 33 minutos.

Com a vantagem no placar, a França voltou para segurar o resultado no segundo tempo, anulando as jogadas lusas já no meio campo, e ainda tendo o seu trabalho facilidade quando (tal como aconteceu na final da Eurocopa 2004 na derrota de Portugal para a Grécia) o lateral direito Miguel saiu contundido, entrando Paulo Ferreira em seu lugar aos 60 minutos, o que anulou de vez as jogadas de ataque que o ala puxava por aquele setor do campo.

Felipão ainda ousou em deixar Figo no gramado (embora cansado mas sempre podendo desequilibrar), e aos 68 minutos deu  sangue novo ao selecionado trocando Pauleta por Simão; e Costinha por Postiga aos 76, o que deixou o time totalmente ofensivo.

Um minuto após, Cristiano Ronaldo sofreu falta próximo da grande área que ele mesmo cobrou, com Barthez “batendo roupa”, dando rebote e deixando a bola de “bandeja” para Figo cabecear com estilo, mas por cima do travessão.

Cristiano Ronaldo fez assim, com deslocações por todo o campo, uma de suas melhores partidas na copa além de ter sofrido penalidade clara (não marcada pelo arbitro uruguaio), quando após cobrança de escanteio ao final do primeiro tempo, em lance mostrado em varias tomadas pelas câmeras de televisão, o zagueiro Sagnol (que atua no Bayern de Munique) o deslocou com um empurrão nas costas. Ainda no primeiro tempo, outro lance que gerou duvidas aconteceu quando num ataque português a bola foi desviada com a mão por um zagueiro francês dentro da grande área.

Nos 4 minutos finais de acréscimo dados pelo arbitro, até o goleiro Ricardo foi para a grande área tentar o gol , mas não era o dia de Portugal.

Vitória da França no Allianz Arena em Munique, que assim a qualifica para a disputa do título domingo com a Itália, as 15 hs de Brasília, em Berlim.

Portugal, na véspera, disputa o terceiro lugar com os anfitriões as 16 hs de Brasília, em Stuttgart, sem poder contar com Ricardo Carvalho, suspenso pelo segundo amarelo. Para o seu lugar Felipão tem Marco Caneira, além de Ricardo Costa, que também atua por aquele setor.

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