Dirigentes da FPF vetam nomes de estrangeiros para dirigir a Seleção

Por Emídio Tavares

Antonio Cotrim/Lusa Portugal

>> Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol

Gilberto Madail comandou reunião importante na última semana, na sede da Federação Portuguesa de Futebol, visando escolher o novo técnico para dirigir o selecionado luso.

Embora já tivesse sondado Zico, contatado Emerson Leão (que estaria disposto a aceitar a dirigir a seleção, mas não concordava com a imposição de sua comissão técnica ser indicada integralmente pela Federação) e até o argentino Jose Pekerman (que assumiu a seleção Argentina em 2004 após a renúncia de Marcelo Bielsa, tendo se destacado como técnico das seleções juvenis onde conseguiu três campeonatos mundiais na categoria sub-20, e atualmente a treinar o Toluca do México), Madail viu seus pares de diretoria vetarem quase que por unanimidade a indicação de um nome estrangeiro para comandar o selecionado.

Dessa forma, partiu-se para a tentativa de convencer o assessor técnico do Manchester, ex-técnico do Sporting e campeão mundial de juniores dirigindo a seleção portuguesa no final da década de 80, Carlos Queiroz, com uma proposta não tão tentadora em termos de valores. A FPF oferece um contrato onde, além de dirigir a seleção principal, teria comando e coordenação das categorias de base, recebendo para isso um milhão e meio de euros por ano (125 mil euros/mês) e todos os seus direitos de imagem (que poderiam lhe render outra verba significativa, como renderam a Scolari que recebia pouco mais de 400 mil euros/mês, entre salários oferecidos pela Federação, complementados por vultosa verba patrocinada pela Nike).

Queiroz deixou a porta aberta para ouvir as ponderações da FPF, mas dificilmente aceitará assumir o cargo, se os valores e o tempo de contrato (oferta é por apenas 2 anos) não forem substancialmente melhorados.

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