Câmara Portuguesa de SP comemorou 111 anos com jantar e homenagem para Tomás Jervell

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

A Câmara Portuguesa de São Paulo realizou seu jantar de aniversário de 111 anos no dia 25 de novembro em evento que contou com muitas autoridades políticas tanto do Brasil quanto de Portugal, além – claro – dos muitos associados, empresários portugueses e luso brasileiros ligados à entidade.

O evento foi comandado pelo presidente Nuno Rebelo de Sousa, que recebeu nesta oportunidade o empresário Tomás Jervell, homenageado do ano, que é presidente do Grupo Nors, o qual iniciou atividades no Brasil no ano de 2007, contando atualmente com cinco empresas, com presença em quatro estados brasileiros, e somando cerca de 800 colaboradores.

O Grupo Nors também se destaca pelo volume de negócios no Brasil, que em 2022 foi acima dos 3 bilhões de reais. Mas também com presença em 17 países e um volume de negócios agregado de 2.685 bilhões de Euros (14 bilhões de reais). O Grupo em destaque e homenageado também é associado da Câmara Portuguesa de São Paulo desde 2011.

A centenária Câmara Portuguesa de São Paulo foi fundada em 23 de novembro de 1912, esteve durante sete décadas sediada na Av. Liberdade, no prédio da Casa de Portugal. E já há cinco anos, ganhou o direito de uso de uma mansão chamada “Casa Araújo Pinto” localizada à Rua Cincinato Braga, 434 – Bela Vista (região central de São Paulo).

A mansão construída na década de 40, se tornou sede da Câmara após ser cedida por uma família portuguesa originária de Vila Real, por iniciativa de uma das descendentes da família, a Dra. Clélia Araújo Pinto.

O casarão é um imóvel tombado como patrimônio em 2005 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Numa entrevista para o programa “Orgulho de ser Lusa”, o presidente Nuno Rebelo de Sousa falou sobre a formação e atividades da entidade, dizendo que os empresários se reuniram, formaram uma espécie de clube, onde se ajudavam uns aos outros, e quando vinha um empresário para o Brasil e não sabia como funcionava as coisas, esses patrícios mostravam o “caminho das pedras” para que esses empresários tivessem sucesso no Brasil.

“Ao longo dos tempos a Câmara deixou de ser apenas uma Câmara de Comércio e passou a ser também uma Câmara de Negócios, portanto hoje além do comércio fazemos negócios entre portugueses, empresários, empresas e as Start-ups”, disse explicando que antes a Câmara era focada nos empresários portugueses que chegavam e hoje a entidade tem quase 70% da atividade focada no fluxo Brasil – Portugal e 30% de portugueses que chegam ao Brasil, “ou seja, invertemos um pouco a ordem porque efetivamente agora estamos naquela onda de brasileiros que estão migrando para Portugal do que propriamente de portugueses migrando para o Brasil”.

Com as “facilidades” de hoje a Câmara facilita para que, o empresário simplesmente vá até a Câmara, que vai entender suas necessidades, e vai apresentar “parceiros de negócios” em Portugal, o empresário (interessado) faz reuniões virtuais com esse parceiro em Portugal e ao final vai até lá para assinar, para comprar, ou seja para fechar realmente o negócio, então tornou-se muito mais eficiente. A Câmara Portuguesa de Comércio mantém estreitas relações com a Embaixada de Portugal, como junto aos consulados e também com a AICEP.

O presidente da instituição também deu sinais de que a casa poderá, em breve, ter direção feminina. Nuno Rebelo explicou que, atualmente a Câmara Portuguesa de SP trabalha com vários comitês, a maioria formado por mulheres, “e o grande desafio é entregar esse mundo dos negócios, especialmente das Câmaras Portuguesas, que tradicionalmente foram sempre lideradas por homens, passar essa liderança para as mulheres que são o futuro, seja em Portugal seja no Brasil”, referiu.

No jantar da Câmara Portuguesa de São Paulo estiveram várias autoridades de várias prefeituras e representantes inclusive do governo do Estado, segundo Nuno Rebelo isso é bastante importante porque dá mais peso ao evento, “dá peso institucional ao jantar porque tivemos um grande empresário português que veio do porto para receber uma homenagem, o fato de termos representantes do Governo brasileiro e o Governo português, ambos representados no mais alto nível seja pelo Embaixador de Portugal seja pelo nosso Cônsul Geral em São Paulo, seja inclusive pelo nosso Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas [Carlos Manuel Félix Moedas] que é um político muito ativo, que esteve 15 anos à frente de uma área de tecnologia da União Européia, e acompanhou com isso o nascimento dessas novas tecnologias, então para a Câmara Portuguesa ter esse tipo de personalidade no jantar é muito importante não só para o homenageado mas para os demais convidados e associados”, disse Nuno.

 

 

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