Tomar assinala crescimento de mais de 35% do número de turistas em 2023

Mundo Lusíada com Lusa

O município de Tomar registrou em 2023 mais de 90 mil turistas que dormiram no concelho, um aumento de 8,3% face ao ano anterior, com as visitas aos equipamentos culturais de gestão municipal a aumentarem 35,8%.

Em nota de imprensa, a Câmara Municipal de Tomar (Santarém) deu conta dos resultados ao nível do turismo em 2023, em termos de visitantes e de dormidas, tendo indicado que, “nas visitas a equipamentos museológicos e monumentos de gestão municipal, houve um aumento de 35,8%, com um total de 182.126 visitantes, em comparação com 134.071 em 2022”.

O “aumento considerável”, refere, “pode ser atribuído, em parte, à realização da Festa dos Tabuleiros”, que se realiza de quatro em quatro e que decorreu em 2023, “mas também aos eventos de mediação cultural” promovidos pelo município e “que englobaram um conjunto de ações como exposições temporárias, visitas orientadas, educação patrimonial, ‘workshops’ e ações de capacitação”, entre outros, e que “despertaram o interesse pela visita a um público mais amplo”.

Destes 182.126 visitantes, 104.803 foram portugueses e 77.323 estrangeiros, dos quais 9% dos Estados Unidos, 8% de Israel 6% de Espanha e 4% de França.

A Sinagoga distinguiu-se como o monumento mais visitado em Tomar, a seguir ao Convento de Cristo (cuja gestão não é municipal e que, só por si, teve em 2023 perto de 300 mil visitantes), com um total de 47.541 visitantes (16.638 nacionais e 30.903 estrangeiros), sendo que dos visitantes estrangeiros, 9.461 foram israelitas (20% do total das visitas), 6.762 visitantes norte-americanos (14%), 3.634 espanhóis (8%) e 2.430 franceses (5%).

Segundo o mesmo relatório, seguiu-se a Capela de Santa Iria, contando com um total de 24.539 visitantes: 18.580 nacionais e 5.933 estrangeiros, estes maioritariamente franceses, espanhóis, brasileiros e norte-americanos.

Já o Núcleo Interpretativo da Sinagoga de Tomar teve um total de 22.901 visitantes (8.905 nacionais e 13.996 estrangeiros).

Por seu lado, dos vários espaço que integram o Complexo Cultural da Levada, o Núcleo Museológico da Central Elétrica de Tomar contou com 13.585 visitantes (9.913 nacionais e 3.672 internacionais), o Núcleo Museológico da Fundição Tomarense teve 10.031 visitantes (7.482 nacionais e 2.549 internacionais), a Moagem A Portuguesa registou 9.629 visitantes (7.431 nacionais e 2.198 internacionais) e o Centro Interpretativo Tomar Templário teve um total de 9.507 visitantes (7.157 nacionais e 2.350 internacionais).

A nota indica ainda que o período entre abril e setembro “foi a época de maior atividade” dos equipamentos museológicos e monumentos de gestão municipal, com o número de visitantes a corresponder a 69% do total das visitas.

Tendo indicado como “muito positivo” o balanço da atividade turística de Tomar em 2023, efetuado com base na recolha de dados feita pelos serviços de turismo do município, a autarquia diz ainda que o mesmo “reflete o esforço (…) para garantir o incremento do número de turistas que pernoitam no concelho” e que registou uma subida de 8,3%.

“O ano foi marcado por um aumento das dormidas em 8,34%, de 123.653 em 2022 para 134.024 em 2023, ou seja mais 10.371”, indica a mesma nota, dando conta que este crescimento “refletiu-se na maioria das tipologias de alojamento, sendo mais significativas na hotelaria”, com 90.699 dormidas em 2023, contra 81.959 no ano anterior.

Relativamente a uma análise da distribuição das dormidas pelos meses do ano, agosto foi o principal, com 16.418, seguindo-se maio, com 15.289, setembro, com 15.044, e julho com 13.776.

Os meses de inverno (janeiro a março, e depois dezembro) foram os únicos que não atingiram as 10 mil dormidas.

Em relação ao atendimento efetuado no Posto de Turismo, registraram-se em 2023 um total de 12.223 pessoas, das quais 9.040 estrangeiros e 3.183 portugueses, um aumento de cerca de 17%, sendo julho, com 1.867 registos, e agosto, com 1.783, os meses com maior procura.

Convento de Cristo

O Convento de Cristo, em Tomar, inaugurou quarta-feira uma “sala de experiência imersiva” integrada na Rota dos Templários do Médio Tejo, um “espaço de narrativa” sobre a história e o patrimônio templário na região.

“Esta sala é um espaço de narrativa sobre a presença templária, quer em Tomar, quer na região, e que o público pode experienciar nesta sala imersiva”, disse à Lusa a diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, tendo destacado um “projeto muito baseado na questão sensitiva” que “remete para uma outra narrativa”, indicando a presença histórica e patrimonial templária na região, como um “convite” para um percurso alargado de visitação.

No espaço “os visitantes podem ter uma série de informação sobre os locais onde se encontra patrimônio templário e a própria história templária e, daí, partirem para o próprio território” do Médio Tejo, num projeto que envolve vários municípios da região.

“É um projeto muito importante para o Convento de Cristo, enquanto equipamento turístico e cultural, e para a própria Comunidade Intermunicipal (CIM), que oferece uma aposta forte na Rota dos Templários”, afirmou.

A Rota dos Templários no Médio Tejo resultou de uma candidatura da CIM Médio Tejo, aprovada na Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior do Turismo de Portugal, através de um projeto de “novas experiências”, e está integrada no projeto intermunicipal Afirmação Territorial do Médio Tejo.

No território do Médio Tejo, a Rota dos Templários abrange sete dos 11 municípios: Abrantes, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sertã, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

O Castelo de Tomar e Convento de Cristo, sede das ordens religiosas e militares do Templo e de Cristo, foi classificado em 1993 como Patrimônio Mundial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).

Filme

Estreou na plataforma de streaming Netflix o longa de fantasia “Donzela”, que teve filmagens no Convento de Cristo, em Tomar. Além do Mosteiro da Batalha, aldeia de Sortelha, no distrito da Guarda, Serra da Estrela, e paisagens do Douro também são usados no filme do cineasta Juan Carlos Fresnadillo. A filmagem em Portugal aconteceu no âmbito do incentivo criado pelo Governo para filmagens internacionais.

No filme de fantasia, um casamento de uma jovem com um príncipe encantado se transforma em uma luta por sobrevivência quando ela é oferecida em sacrifício a um dragão que cospe fogo. Confira trailer 

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