Feira do Livro de Lisboa testa conceito sustentável e em 2023 volta a ser na primavera

Da Redação com Lusa

A Feira do Livro que Lisboa terá este ano um novo novo conceito, com expositores renovados, mais participantes, e a Ucrânia como país convidado, numa edição que promete ser mais sustentável e pensada para novos leitores, anunciou a organização.

A 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, marcada de 25 de agosto e 11 de setembro, foi hoje apresentada como “a maior edição de sempre”, com 140 participantes – mais dez do que em 2021 – e 340 pavilhões, sendo esperados mais de meio milhão de visitantes no Parque Eduardo VII.

Pelo terceiro ano consecutivo, a feira do livro volta a acontecer no final do verão, não por causa da pandemia, mas pelo novo conceito do evento, com novos ‘stands’ e uma reorganização do espaço, que obrigou “a uma esforço de produção logístico extraordinariamente complexo”, disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, aos jornalistas.

Pedro Sobral revelou ainda que, em 2023, “já com o novo conceito testado”, a Feira do Livro de Lisboa voltará ao calendário habitual, entre maio e junho.

Sobre a edição deste ano, Pedro Sobral explicou que os editores e livreiros terão novos ‘stands’ feitos com materiais recicláveis e construídos em módulos, facilitando a montagem e desmontagem.

O objetivo de sustentabilidade passa também pela melhoria nas acessibilidades e na mobilidade, a pensar na experiência dos visitantes no recinto da feira. Este ano, pela primeira vez não haverá restrições em termos de segurança e sanitários como houve nas duas edições anteriores, por causa da pandemia, disse Pedro Sobral.

A par dos ‘stands’ de editores e livreiros, a feira terá este ano “um programa cultural vastíssimo, com mais apresentações, mais conversas”, mais autores portugueses e estrangeiros, e espaço para o “contacto informal” entre escritores e leitores.

Nesta edição, uma das novidades é o destaque que será dado à Ucrânia como país convidado.

O convite partiu da APEL junto da embaixada ucraniana, “para dar espaço a um país em sofrimento”.

Pedro Sobral explicou que será disponibilizado um expositor da feira à Ucrânia, para “potenciar a literatura e os autores ucranianos”, mas o formato de apresentação e programação ainda não está definido.

O presidente da APEL sublinhou a ideia de “melhorar a experiência dos visitantes” na Feira do Livro de Lisboa, tendo em conta o que verificaram na edição de 2021: “Estamos a ganhar leitores nas camadas mais novas. (…) Notamos mais visitantes e pessoas mais novos, com curiosidade”.

Segundo a APEL, a feira do livro contará com “múltiplas zonas de descanso e lazer, esplanadas, instalações sanitárias e zonas/equipamentos de restauração – distribuídos de forma dispersa”, pelo Parque Eduardo VII.

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