Feira Belmonte Medieval homenageia pai de Pedro Álvares Cabral

Da Redação com Lusa

As ruas de Belmonte serão palco, entre 11 e 13 de agosto, da feira Belmonte Medieval, pela primeira vez com entrada paga e este ano dedicada a Fernão Cabral, o Gigante das Beiras, pai de Pedro Álvares Cabral.

Segundo o presidente daquele município do distrito de Castelo Branco, António Dias Rocha, o certame, que completa 18 anos, contará este ano com cerca de 120 feirantes.

Na conferência de apresentação da iniciativa, terça-feira, no Largo do Pelourinho, o autarca informou que a principal novidade se prende com a entrada paga e explicou que será vendida uma pulseira com o custo de cinco euros para os três dias e dois euros para um dia.

Nesta edição, acrescentou o presidente do município, estão previstos mais espetáculos no interior do castelo da vila.

A mostra de artes e ofícios volta a constar do cartaz, tal como a oficina de falcoaria, aves de rapina e meio ambiente, assim como o cortejo inaugural, agendado para as 18:00 de dia 11 de agosto, no qual são esperados “mais de cem” figurantes.

Em ensaios está a peça de teatro comunitário com a participação de 28 residentes na vila, um espetáculo a apresentar dia 13, às 22:00, no anfiteatro do castelo de Belmonte. Um grupo de jovens locais está também a preparar um espetáculo de malabarismo e trapezismo.

Sob o mote “A Lenda Renasce”, a feira Belmonte Medieval, sempre com uma temática dedicada à família Cabral, foca-se este ano em Fernão Cabral, pai de 13 filhos, um deles Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil, que terá nascido em Belmonte, na década de 60 do século XV.

“Vamos homenagear o Gigante das Beiras. Foi um homem extraordinariamente importante e reconhecido no país na altura”, salientou António Dias Rocha.

Segundo o presidente da Câmara, que espera ter no evento “muitos milhares” de pessoas, esta é uma forma de promover turística e culturalmente o concelho através da história e de lembrar uma figura emblemática.

“Não é uma feira virada para Pedro Álvares Cabral, mas para uma família Cabral, que, antes de Pedro Álvares Cabral existir, já dava passos muito significativos de reconhecimento pelos reinados”, realçou Dias Rocha.

Paulo Borralhinho, o vice-presidente, vincou a evolução que os visitantes podem notar ao longo dos anos, com a expansão do evento para “o lado da Alameda”, para evitar a concentração excessiva de pessoas.

“Quem vem pode esperar encontrar uma feira a evoluir, é isso que vai encontrar. Procuramos inovar, criar mais espaços”, acentuou Borralhinho, que apelou aos feirantes e comerciantes da vila que encarnem o espírito medieval e andem trajados durante a Belmonte Medieval.

O vice-presidente vincou ser uma feira especial por se realizar numa vila já por si com muitos motivos de interesse e que tem no certame “mais um atrativo”.

O presidente, Dias Rocha, garantiu a continuidade do evento, este ano com um orçamento de 40 mil euros, e afirmou ser um espaço de fruição.

“Que seja um espaço onde as pessoas se sintam bem, se divirtam e aproveitem a oferta gastronômica”, enfatizou o autarca.

O bilhete, necessário para entrar nos espetáculos no castelo e num espaço direcionado para as crianças, e não no resto do recinto, dá acesso a acampamento no interior do castelo, às oficinas, passeios de burro, ao castelo infantil, às oficinas de falcoaria e aos jogos infantis.

 

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