Cooperação da Universidade do Minho e UFMS fortalece Pesquisa Arqueológica

Da Redação

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul dedicados aos estudos da antiguidade, reunidos por meio do Laboratório ATRIVM, de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade (UFMS) e Grupo de Pesquisa no CNPq – Espaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade, e da Universidade do Minho (UMinho), de Portugal, participaram de uma reunião para debater o plano de trabalho e os resultados das atividades desenvolvidas no período de 2023 a 2024.

A reunião, ocorreu no dia 30 de janeiro, na Unidade de Arqueologia da UMinho, com a presença de sua diretora, professora Maria do Carmo Ribeiro, a professora responsável pelo acordo na instituição portuguesa, Fernanda Magalhães, e o professor responsável pelo ATRIVM/UFMS, Carlos Eduardo da Costa Campos. O protocolo de cooperação entre a UFMS e a UMinho foi debatido, reconhecendo a importância de promover entre as Universidades a colaboração nas áreas da História, Arqueologia e Patrimônio, com a intenção de estabelecer programas de cooperação acadêmica, científica e técnica, com os laboratórios das duas instituições.

Durante o encontro, foram abordados os resultados dos últimos quatro meses de trabalho, destacando-se diversas atividades. Isso incluiu o Estágio de Pós-Doutorado do professor Carlos Eduardo da Costa Campos na Unidade de Arqueologia da UMinho (2023.2 – 2024.1), participação no Mestrado em Arqueologia da UMinho, visitas técnicas a sítios arqueológicos romanos e espaços museais em Portugal e Espanha, além de participação em eventos relacionados à área de arqueologia e patrimônio.

Entre os feitos discutidos estavam também a realização do curso de Desenho de Materiais Arqueológicos em parceria com o Museu Dom Diogo de Sousa – PT, estágio de pesquisa do egresso da UFMS e membro do ATRIVM/UFMS, Luis Miguel Pereira Lacerda, na Unidade de Arqueologia da UMinho (2024.1), e a organização de eventos como o IV Encontro Nacional do ATRIVM/UFMS – Ensino de História e Mito: desafios e possibilidades (11/2023).

Além disso, o encontro abordou a organização e participação na coletânea “Numisma: Estudos Interdisciplinares sobre Numismática Antiga” (Lançamento em 2024.1), o curso de formação em técnicas e métodos laboratoriais para processos de higienização e catalogação em base de dados de objetos arqueológicos cerâmicos e moedas 2 ArchIs – UMinho (2023.2/2024.1), a produção de podcasts e animações voltadas para divulgação científica e educacional.

Foi também discutido o Termo Aditivo, que visa apoiar o Projeto Internacional “As moedas Júlio-Claudianas do Museu Histórico Nacional: catalogação e descrição visando a popularização científica do patrimônio numismático através das bases de dados”, demonstrando o compromisso das instituições envolvidas com a pesquisa, educação e divulgação do patrimônio arqueológico, fortalecendo laços de colaboração e intercâmbio entre diferentes regiões e culturas.

Segundo o professor da Fach, Carlos Eduardo da Costa Campos, a parceria prevê o intercâmbio de docentes e discentes entre a UMinho e a UFMS, a realização de eventos, o aprimoramento dos estudantes e visitas técnicas para ambas as instituições, partilhando métodos e técnicas inovadoras em arqueologia e patrimônio.

“O Lab ATRIVM /UFMS considera a colaboração com a Unidade de Arqueologia da UMinho como vital para o processo de construção do conhecimento científico em nível internacional. Afinal, visamos enriquecer o campo das Humanidades Digitais e contribuir significativamente para a popularização e valorização do acervo arqueológico tanto de Braga – PT como de MS – Br. Esta parceria estratégica tem o potencial de abrir novos caminhos para a proteção, conservação, e promoção do patrimônio arqueológico e arquitetônico, refletindo o compromisso compartilhado com o avanço do conhecimento e a educação” declarou.

“Este movimento não só reforça a importância da pesquisa e do ensino colaborativos como também destaca a capacidade do ATRIVM/UFMS em atuar como um catalisador para o desenvolvimento regional, aplicando os princípios e práticas de valorização do patrimônio aprendidos com a Unidade de Arqueologia da UMinho. Ressaltamos que os acordos firmados levaram a agregação do Prof. Dr. Carlos Campos (UFMS) como investigador estrangeiro da Unidade de Arqueologia do UMinho e as Professoras Doutoras Fernanda Magalhães (UMinho) e Maria do Carmo Franco Ribeiro (UMinho) passaram a integrar o Lab. e Grupo de Pesquisa no CNPq ATRIVM/UFMS como pesquisadoras estrangeiras, a partir de 2024”, explica.

De acordo com a professora da UMinho, Fernanda Magalhães, a instituição vê em Mato Grosso do Sul um elevado potencial de exploração científica e turístico-cultural dos seus recursos patrimoniais. “Existe um desejo comum de implementar formas consolidadas de colaboração, que satisfaçam simultaneamente os interesses de investigação e ensino da UMinho/UFMS. A título de exemplo, os interesses de proteção, conservação e valorização do patrimônio arqueológico e arquitetônico implementados pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, podem ser aplicados numa perspectiva de qualificação e promoção do desenvolvimento do Mato Grosso do Sul, através das atividades que são realizadas pelo ATRIUM. Neste caso, está prevista a deslocação de docentes e investigadores da UMinho a Mato Grosso do Sul, tanto para participação em eventos como para visitas técnicas, o que possibilitará a troca de métodos e técnicas”, disse.

O laboratório da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e a cidade de Braga, que funcionam como uma estação-escola devido a sua ocupação continuada de mais de 2 mil anos, estão disponíveis para apoiar a formação de docentes e alunos da UFMS, tanto com a participação em escavações como no tratamento em laboratório dos materiais recolhidos nas intervenções arqueológicas realizadas por toda a cidade. O intercâmbio de especialistas, incluindo docentes, investigadores e técnicos, tem em vista o fomento de atividades de estudo e investigação.

 

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