Convidados participaram da noite de reinauguração do Museu do Ipiranga em SP

Da Redação com agencias

Na noite deste 6 de setembro, o Museu do Ipiranga foi reinaugurado em São Paulo em evento para autoridades, convidados e patrocinadores. A reabertura faz parte de uma programação em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil.

Entre os presentes, estiveram o secretário de Governo, Marcos Penido, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o secretário da Cultura do estado, Sérgio Sá Leitão, o ministro do Turismo, Carlos Alberto Gomes de Brito, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o príncipe Dom João de Orleans e Bragança, em representação a família real.

A reabertura contou com discursos das autoridades e apresentação da Orquestra Sinfônica da USP. Os convidados puderam fazer uma visita guiada pelo novo museu, que teve a área total ampliada de 6.400m² para cerca de 13.400m². O Museu está com sua área construída dobrada e a área expositiva, triplicada, além de acessibilidade aos pavimentos do edifício, e a recuperação do Jardim Francês e suas fontes.

“Em 2019, se iniciou o processo de restauração, com a captação de recursos, unindo empresas, governos Federal, Estadual, a Prefeitura e a USP. E o resultado dessa união está aí. Neste 7 de setembro, dia de comemorarmos o bicentenário da nossa independência, vamos devolver à São Paulo, ao Brasil e ao mundo um dos mais importantes equipamentos do país”, afirmou Ricardo Nunes.

Durante o evento, o ex-governador João Doria, que esteve à frente do governo na maior parte da reforma, defendeu a cultura e educação. “A reabertura do Museu do Ipiranga simboliza a vacina contra o obscurantismo, o ódio e o separatismo que assolam o nosso país. O Brasil pede paz, harmonia, educação. Pede respeito à cultura e pede que o país se una em respeito a uma única causa.”

O secretário Sergio Leitão destacou atuação de Dória na angariação de fundos da iniciativa privada para que fosse possível a restauração do museu, como a portuguesa EDP que está entre patrocinadores. “Nós aqui estamos entregando o único legado do bicentenário, que é o restauro e a ampliação do Museu do Ipiranga, e estamos entregando a única programação cultural consistente, aberta ao público, relativa a esse assunto [em São Paulo]”, disse ao G1 em uma crítica ao governo federal.

A reinauguração foi planejada para este 7 de setembro. Como parte das celebrações, o Museu do Ipiranga recebe hoje alunos de escolas públicas e os trabalhadores que, nos últimos nove anos, tornaram realidade o projeto ambicioso de modernização e restauração do edifício-monumento e de todo seu acervo. Já o público poderá visitá-lo a partir do dia 8 de setembro.

Nos próximos dois meses, a entrada será gratuita e mediante agendamento prévio pelo site www.museudoipiranga.org.br. Os ingressos estão esgotados no momento e o museu está funcionando com capacidade reduzida, cenário que irá mudar até o final do ano. Com a reabertura, o Museu do Ipiranga espera receber cerca de 900 mil a 1 milhão de visitantes por ano. O custo da reforma é estimado em R$ 211 milhões – além dos recursos incentivados, há investimentos privados sem incentivo fiscal e também aportes públicos.

Fotos Divulgação/Prefeitura SP

Festival para celebrar

Para celebrar a reabertura, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo e a prefeitura paulistana apresentam uma programação cultural especial, entre os dias 7 e 11 de setembro. As atrações incluem música, dança, teatro e circo e terão transmissão pela plataforma de streaming e vídeo por demanda #Culturaemcasa.

Entre os destaques está um show do cantor Gabriel Sater, que recentemente participou da novela Pantanal, da TV Globo.

Com 11 novas exposições, o Museu do Ipiranga é reaberto diante de uma programação especial após o tradicional desfile de 7 de setembro, neste ano, na Avenida D. Pedro I, além de um desfile aéreo.

O Parque da Independência reabre ao público a partir do meio-dia. À noite, haverá uma apresentação de um espetáculo de drones, marcado para as 18h. Também nesse horário terá início uma projeção mapeada na fachada do novo Museu do Ipiranga. A partir das 19h, diversos shows no local celebram o bicentenário da Independência, com apresentações de João Carlos Martins, Juliette, Vanessa da Mata, Fafá de Belém, Criolo, entre outros.

Entre os dias 8 de setembro e 11 de setembro, o festival promove também shows musicais, em parceria com a prefeitura paulistana. Haverá shows de Gabriel Sater, Geraldo Azevedo e Melim, entre outros.

Toda a programação do festival pode ser consultada no Agenda Bonifácio, uma plataforma online dedicada ao bicentenário da Independência do Brasil que foi criada pelo governo paulista.

O Museu
Parte da Universidade de São Paulo desde 1963, o Museu do Ipiranga foi pensado ainda no Império, e foi construído apenas na República. O edifício-monumento se encontra no complexo do Parque da Independência e, junto ao Museu Republicano Convenção de Itu, constitui o Museu Paulista da USP, órgão gestor dessas duas instituições.

Rosaria Ono, atual diretora do museu, explica que, além do projeto arquitetônico, existe o projeto museográfico. “Nós temos um corpo docente de cinco professores (…) que formam a equipe curatorial. Os curadores prepararam as exposições com base nas pesquisas envolvidas pelo Museu Paulista (…) que deram origem às 12 exposições que foram planejadas justamente pelos docentes do museu”, explica a diretora.

O museu mais antigo de São Paulo conta com um acervo de mais de 450 mil peças, entre obras de arte e artigos do dia a dia, datados dos séculos 17 ao 20. A partir do projeto curatorial, o acervo foi dividido em duas exposições permanentes: Para Entender o Brasil e Para Entender o Museu.

Para Entender o Brasil conta com seis eixos: uma história do Brasil, passados imaginários, territórios em disputa, mundos do trabalho, casas e coisas, a cidade vista de cima. Já Para Entender o Museu é separada pelas quatro etapas da curadoria: para entender o museu; coletar: imagens e objetos; catalogar: moedas e medalhas; conservar: brinquedos; e comunicar: louças.

As 11 exposições permanentes duram de três a cinco anos e, além dessas, abre em novembro uma exposição temporária focada especialmente no Bicentenário da Independência: “Nós teremos uma exposição temporária que vai abrir em novembro exatamente sobre a Independência e que não foi possível abrir neste momento por causa do pequeno atraso das obras”, completa Rosaria. A duração é de quatro meses.

Programação de reabertura:

7 de setembro: inauguração simbólica para convidados (200 estudantes de escolas públicas estaduais e municipais e trabalhadores da obra de recuperação com suas famílias).

8 de setembro: abertura para o público em geral, com agendamento pelo site a partir do dia 5/9.

Distribuição de ingressos pelo site a partir do dia 5/9. Os ingressos serão gratuitos nos primeiros 60 dias.

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