Academia Brasileira de Belas Artes: Artista português ingressa na Confraria dos Imortais

Academia Brasileira de Belas Artes: Artista português ingressa na Confraria dos Imortais Da Redação O artista plástico português Francisco Charneca ingressou como membro da Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA) no último dia 29, no Rio de Janeiro. Nascido em Évora, Charneca é o primeiro artista de Mato Grosso e ainda o primeiro artista plástico de Portugal a assumir o Grau de Acadêmico Livre levando para a Confraria dos Imortais a influência das cidadanias portuguesa e brasileira. A atual é representada pelo Mato Grosso, onde vive há mais de 10 anos, buscando inspirações na região central do Brasil e encontro dos biomas Pantanal, Amazônia e Cerrado. A linguagem adotada pelo artista parte do realismo, passa pelo hiper-realismo e chega ao abstracionismo. Além de esculturas, em suas telas – aquarelas, óleos ou acrílicos -, predominam a multiplicidade e os contrastes de temas universais e regionais que retratam desde a natureza a instantes de comportamentos cotidianos do ser humano. Contribuição de Mato Grosso Na mesma solenidade, o Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi e o escritor João Carlos Ferreira, atual Secretário de Estado de Cultura, foram nomeados acadêmicos Honoris Causa da associação. Blairo Maggi foi a primeira personalidade nacional, nos 56 anos instituição, a receber o Grande Colar de Honra da Academia. A homenagem às personalidades mato-grossenses é um reconhecimento à política governamental que promoveu a recuperação de componentes valiosos do patrimônio arquitetônico, histórico e artístico do Estado, além da criação da Literamérica e da Orquestra de Câmara de Mato Grosso, entre outras ações de fomento à cultura. Francisco Charneca Nascido em Évora em 11 de setembro de 1959, imigrou com os pais para Moçambique onde morou até 15 anos. Aos dois anos de vida começou a desenhar, lápis e papel eram seus brinquedos preferidos. Com nove anos realiza sua primeira exposição. Mais tarde, dedica-se ao estudo dos grandes mestres da pintura mundial, em especial aos clássicos Michelângelo, Leonardo da Vinci, Carravagio, Pedro Paulo Rubens, Rembrandt Van Rijn. Entre os contemporâneos a principal influência foi de Salvador Dalí. Em Moçambique, Charneca estuda no Colégio Marista Pio XII, dirigido e ensinado por professores brasileiros, e conhece a cultura brasileira. Em 1975 regressa a Portugal, e ensaia uma nova expressão da arte: a banda desenhada e a caricatura. Em 1979 ingressa na Universidade de Évora no Curso de Arquitetura Paisagista. Sua primeira exposição individual foi realizada no Museu Nacional de Évora em maio de 1984. Todas as obras foram vendidas no primeiro dia do evento, registrando o início de uma carreira de sucesso. Em 1996 faz sua primeira exposição em Mato Grosso e fixa raízes no Estado. A inesperada mudança deve-se, em especial, à paixão pela mato-grossense Eva Helena Arruda Gomes. Charneca rende-se aos encantos da bela morena pantaneira, nascida em Várzea Grande, com quem se casa e vive desde 1996. Em seguida, inicia em sua casa uma Escola de Arte onde realiza trabalhos em aquarela, carvão, pastel, óleo e escultura. Em 97 é premiado pela capa da Listel, uma importante publicação anual nacional, de circulação no Estado. Charneca cria a Escola de Artes Plásticas e promove cursos na capital Cuiabá e em diversos municípios mato-grossenses. O artista foi fundador da F. E. Galeria de Arte onde foram realizadas nove exposições, com mais de seiscentas obras entre pintura, escultura e fotografia. Elias Santos – escultor várzea-grandense, foi lançado pela galeria. Clóvis Irigaray, Victor Hugo, Sati Yamamoto, Pedro D’Alcântara (membro da Academia Brasileira de Belas Artes) destacam-se entre os artistas que participaram das exposições.

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