Da Redação
Na manhã deste domingo (30), antes mesmo da chegada das eleitoras e dos eleitores, observadores da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Rojae-CPLP) acompanharam os preparativos do segundo turno das eleições brasileiras na Escola Logosófica, em Brasília (DF), com a emissão da zerésima.
Um dos mais importantes instrumentos de auditoria do processo eletrônico de votação, a zerésima é um relatório, em papel, que toda urna eletrônica emite quando é ligada e que mostra não haver nenhum voto para qualquer candidato antes do início da votação. Após emitida, a zerésima é assinada e colocada ao lado da porta da seção para que todos possam conferir, o que reforça a transparência do processo eleitoral.
Rotina da votação
Os sete observadores e observadoras que integram a missão da Rojae-CPLP no segundo turno puderam também acompanhar os primeiros eleitores que votaram na escola e viram de perto como funciona a rotina de votação. A missão e as demais delegações que integram o programa de missões internacionais para as eleições deste ano no Brasil acompanham o pleito durante este domingo em locais diferentes.
Para Fernando Anastácio, membro da Comissão Nacional de Eleições de Portugal e porta-voz da missão da Rojae-CPLP, as primeiras impressões são as melhores possíveis. “Tudo está acontecendo com muita organização, agilidade, tranquilidade, legitimidade e credibilidade”, ressaltou.
Ao lembrar que as eleições são bem diferentes no Brasil e em Portugal, país com uma população de 10 milhões de habitantes e onde o voto é impresso, Fernando ressaltou o caráter de intercâmbio das missões. “Certamente o maior aprendizado que levamos dessa missão é o trabalho de combate à desinformação, às fake news, que vem sendo realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse é um trabalho excepcional, com uma atuação afirmativa e de resultados positivos”, disse.
A missão da Rojae-CPLP no segundo turno é composta por sete observadoras e observadores, presidentes, membros e técnicos dos órgãos de administração eleitoral dos seguintes países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
No primeiro turno das eleições, ocorrido no dia 2 de outubro, estiveram presentes 14 observadores, com representantes também do Timor-Leste. O presidente da missão é João Damião, membro da Comissão Nacional Eleitoral de Angola.