Cultura gaúcha nos 25 anos do grupo açoriano

Aniversário do Grupo Folclórico da Casa dos Açores

 

No início do evento, o Grupo Folclórico da Casa dos Açores recebeu o Jubileu de Prata em homenagem aos 25 anos de fundação. Indicados pelo próprio grupo folclórico, receberam as homenagens o representante da tocata Fernando Amorim, José de Agostine do corpo de dança, e a ex-ensaiadora Eliana de Agostini Rolin.

A entidade homenageou também o editor do Jornal Mundo Lusíada, Odair Sene, pelo reconhecimento de seu trabalho. A medalha comemorativa da Semana Cultural Açoriana foi entregue pelo José Agostinho (secretário-geral) e Toninho Arruda (secretário cultural). No palco, Odair Sene agradeceu pela iniciativa e falou da importância do reconhecimento sobre o trabalho desenvolvido em prol da comunidade portuguesa.

O editor do Mundo Lusíada, Odair Sene, recebe homenagem da Casa dos Açores de SP.

 

Ao Mundo Lusíada, a ex-ensaiadora Eliana falou que obter o reconhecimento é difícil mas que o amor pela cultura é que leva o grupo. “Eu passei quase 16 anos aqui, é uma vida toda. Passar pela Casa dos Açores e ver hoje as meninas componentes do grupo ensaiando as músicas que eu ensaiei é muito bom, é um trabalho que fica para a vida inteira”, disse Eliana que contava, em sua época, com maneiras mais trabalhosas para as montagens das coreografias, “dependia de muita pesquisa”. Hoje, segundo ela, todos evoluíram muito, “eu acho que não é fácil o que elas estão fazendo. É um tipo de música diferente, um estilo diferente, além de cativar o público, tem o reconhecimento de ser uma dança bastante complicada, mas eles evoluíram demais, eles se aperfeiçoaram”.

Depois de uma proposta de trabalho, aos 23 anos, Eliana ficou dois anos afastada por não poder conciliar a sua vida profissional com o folclore. “Foi duro abandonar o folclore, depois da Casa dos Açores não me relacionei com nenhum outro grupo, abandonar foi difícil e foram dois anos relutando. E eu não consigo, hoje, a Casa dos Açores está no meu coração”.

O grupo gaúcho durante apresentação.

 

Além do folclore açoriano, se apresentou o grupo gaúcho Centro de Tradições Gaúchas Barbosa Leça. O grupo, que tem como diretor Roque Wagner, é formado por 50 a 60 componentes. Presentes em diversos estados do Brasil, os gaúchos estão representados em Diadema, Embú, São José dos Campos, Sorocaba, entre outros, com intuito de divulgar a cultura gaúcha do sul.

E diferente do que a maioria dos brasileiros pensa, não é uma cultura difundida exclusivamente no Brasil. “É do sul do Brasil, do Uruguai, parte do Paraguai, norte da Argentina, e Mato Grosso do Sul, Santa Catarina. Essa é a região geográfica onde existe a cultura gaúcha. Muita gente pensa que é só o gaúcho do Rio Grande do Sul mas não é”.

O Movimento Nacional de Tradição Gaúcha, se mantém pelo amor à arte e cultura, defendendo e cultivando sua tradição que se formou no sul do Brasil a partir dos jesuítas, com os índios guaranis, com os portugueses que chegaram no sul. Sem qualquer respaldo de órgãos públicos, o centro recebe auxílio dos próprios associados, na promoção de bailes e eventos.

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