Da Redação
Com Lusa
Os ‘chefs’ de restaurantes com estrelas Michelin da região de Lisboa vão cozinhar na apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal, em 21 de novembro, na capital portuguesa, segundo o coordenador da gala, José Avillez.
Os restaurantes representados na cerimônia serão: Alma (Henrique Sá Pessoa), Loco (Alexandre Silva), Fortaleza do Guincho (Miguel Rocha Vieira), Eleven (Joachim Koerper), LAB by Sergi Arola (Sergi Arola) — todos com uma estrela Michelin — e Belcanto (José Avillez), com duas estrelas Michelin.
A cerimônia de apresentação da edição de 2019 do Guia Michelin da Península Ibérica realiza-se pela primeira vez em Portugal, quando a empresa celebra o décimo aniversário das galas, que, até agora, se realizaram sempre em Espanha, com várias cidades a disputar ser a sede do evento.
“Ao fim de dez anos de galas, ocorre pela primeira vez em Portugal. Já era tempo”, disse em declarações à Lusa, José Avillez, coordenador da gala, que vai decorrer no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
O evento recebe normalmente cerca de 500 convidados, entre ‘chefs’, empresários e representantes de autoridades e instituições, além de mais de cem órgãos de comunicação social dos dois países.
O facto de a gala chegar a Portugal “traz prestígio, acima de tudo”, disse Avillez, acrescentando que “é o reconhecimento de que Portugal também conta nesta equação”.
O formato da gala será semelhante às anteriores: após o anúncio das novidades da edição do próximo ano do Guia Michelin para Espanha e Portugal, ‘chefs’ da região onde decorre o evento preparam um jantar, que é servido em pé.
A três semanas do evento, os ‘chefs’ já definiram o que vão preparar: cada um apresentará quatro pratos, um dos quais uma sobremesa.
“Decidimos fazer a nossa cozinha, mas muito inspirada na cozinha e nos sabores portugueses”, descreveu o coordenador, indicando que o objetivo é “conseguir aqui mostrar a identidade portuguesa e a identidade de cada um”.
Além do destaque da “marca Lisboa” e “marca Portugal” que este evento trará para Portugal, José Avillez aponta outra vantagem: “o facto de virem cá uma série de ‘chefs’ e jornalistas espanhóis, alguns dos quais até pela primeira vez” pode ser uma oportunidade para mostrar o país, antes e depois da gala.
O ‘chef’ português deixa, por isso, a sugestão às entidades oficiais para que estendam convites a ‘chefs’ e jornalistas estrangeiros para que fiquem “duas ou três noites” em Portugal e possam visitar um pouco o país.
“Isso poderia verdadeiramente fazer a diferença”, comentou.
O investimento público para a organização da gala é superior a 400 mil euros, segundo o Governo português, que espera “um grande retorno para a economia da cidade e do país”.
Portugal tem, na edição deste ano do ‘guia vermelho’, cinco restaurantes com duas estrelas e 18 restaurantes com uma estrela.