Presidente Marcelo considera que serviço militar obrigatório não é questão prioritária

Da Redação com Lusa

 

O Presidente de Portugal considerou hoje que a reposição ou não do serviço militar obrigatório não é questão prioritária e que o fundamental é a valorização dos recursos humanos das Forças Armadas.

“Acho que é uma questão que, neste momento, não é a questão prioritária. A questão prioritária é valorizar os recursos humanos. Entrar nessa discussão é desviar para o lado e deixar de olhar e de dar foco e atenção ao mais importante”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta à comunicação social, que lhe perguntou se era a favor ou não da reposição do serviço obrigatório.

O chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas falava em Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, onde visitou, durante cerca de duas horas, uma exposição de meios e capacidades militares das Forças Armadas Portuguesas, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal.

Interrogado se na sua opinião os militares portugueses estão motivados, respondeu: “Eu acho que motivados estão, mas, como sabem, a minha posição é a mesma: podem ser mais motivados”.

“Quer dizer, acho que há um compromisso da parte do Governo de levar por diante o diálogo com as chefias militares para motivar mais em termos de estatuto os recursos humanos nas nossas Forças Armadas”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República elogiou os equipamentos militares exibidos em Figueiró dos Vinhos, que incluíam “veículos não pilotados, drones, formas várias de intervenção no mar, no ar e na terra”.

“É muito diferente do equipamento que tínhamos há seis anos, sete anos, oito anos, nove anos, quando comecei eu a visitar estas exposições, e há uma capacidade de visão do futuro impressionante”, comentou.

Depois desta visita, em que esteve acompanhado por chefias militares e autarcas, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se convicto de que estão a ser preparados “ainda mais saltos na qualidade dos equipamentos” das Forças Armadas Portuguesas.

Última comemoração

O Presidente revelou hoje que o seu último Dia de Portugal como chefe de Estado, em 2025, vai realizar-se no sul do país e adiantou que será comemorado de forma “original”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de um almoço com autarcas e em que também estiveram presentes os ministros da Defesa, Nuno Melo, da Administração Interna, Margarida Blasco, e da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, em Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, no âmbito das comemorações do 10 de Junho.

“Já tenho uma ideia do meu último 10 Junho como Presidente da República, mas ainda não vou dizer. Tenho uma ideia, que também vai ser original, mas prometi que era no Sul”, adiantou.

O Presidente da República ressalvou que “há muito sul” no território nacional.

“Tem de haver uma ideia de fazer a ponte entre o que há de diferente no sul. Há um sul mais a norte e um sul mais a sul. Vamos lá ver, provavelmente com as suas coisas”, acrescentou, mas sem dar mais pistas sobre concelhos candidatos à organização das próximas cerimônias do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

As comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas começaram hoje com o içar da bandeira nacional no memorial às vítimas dos incêndios de 2017, no concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

Neste ano, em vez de escolher uma única localidade em território nacional para palco do Dia de Portugal, o Presidente da República decidiu assinalar esta data em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.

As comemorações oficiais do 10 de Junho, que se iniciaram em dia de eleições para o Parlamento Europeu, irão também passar ainda pela Universidade de Coimbra, onde terá lugar a cerimônia inaugural das celebrações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, na segunda-feira.

Depois, entre terça e quarta-feira, vão estender-se à Suíça, junto de comunidades emigrantes portuguesas, com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e também do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

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