Do Brasil, Fernando Pereira, candidato à AR pelo CDS-PP, defende criação do “círculo da lusofonia”

Por Igor Lopes

Fernando Ribeiro Pereira integra a lista do Partido Popular (CDS–PP) à Assembleia da República portuguesa pelo círculo de fora da Europa. Residente no Brasil, este advogado diz estar “cansado” de ver portugueses que moram no exterior serem tratados, pelo governo central, como portugueses de “segunda categoria”. Sob a égide de querer ser “a voz do emigrante”, Fernando Pereira revela que o maior projeto do seu partido, nestas eleições, é a criação de mais um círculo de representação dos interesses dos emigrantes: o círculo da Lusofonia, a par do círculo europeu e do resto do mundo. A ideia é que esse novo círculo abranja todos os países que têm como língua oficial a língua portuguesa, já que, na opinião desse candidato, “não é justo apenas quatro deputados representarem os portugueses residentes fora de Portugal”. Em entrevista à nossa reportagem, Fernando Pereira sublinhou ainda que um dos seus principais desafios, se eleito, será lutar por um “funcionamento mais dinâmico dos serviços consulares”.

Como avalia a comunidade portuguesa espalhada pelo mundo?

Representa o espírito desbravador dos portugueses, contribuindo enormemente para o desenvolvimento da sociedade onde vivem. A comunidade portuguesa também exerce um papel importante: é embaixadora da cultura portuguesa, mantendo viva as tradições portuguesas por todo o mundo.

Que ações e projetos pretende executar se for eleito?

O nosso maior projeto (do CDS-PP) é a criação de mais um círculo de representação dos interesses dos emigrantes. O Círculo da Lusofonia, que abrangeria todos os países que têm como língua oficial a língua portuguesa. Não é justo apenas quatro deputados representarem os portugueses residentes fora de Portugal. Temos que aumentar essa representatividade. Além disso, também vejo como programa importante o desafio de trazer os jovens para participarem mais ativamente da comunidade portuguesa, seja nas entidades, seja na discussão das políticas portuguesas para a diáspora.

A qualidade dos serviços consulares, a proximidade da comunidade com o governo central em Portugal, a possibilidade de ajudar nas escolhas para o futuro do País e o apoio a caso sociais específicos são algumas das preocupações dos membros da comunidade portuguesa fora da Europa. Como espera superar esses desafios se tiver a oportunidade de ocupar um lugar na Assembleia da República?

Cobrando maior atenção do governo português às necessidades e anseios da comunidade portuguesa fora da Europa, tendo como principal desafio a luta por um funcionamento mais dinâmico dos serviços consulares.

Por que decidiu apresentar a sua candidatura?

O CDS-PP colocou-me um desafio: integrar a lista de candidatos pelo Círculo fora da Europa. Aceitei, pois julgo que a renovação da Assembleia da República, em especial pelo Círculo fora da Europa, é saudável à democracia e, também, por acreditar que tenho muito a contribuir para um melhor tratamento do emigrante por parte do Estado português. Estamos cansados de ser tratados como portugueses de segunda categoria. Quero ser a voz do emigrante.

Como enxerga a comunidade lusitana que vive no Brasil?

É uma comunidade de vencedores, como em todo o mundo. Os que aqui chegaram, lutaram e venceram; sem perder a sua essência. Contribuíram para o desenvolvimento da comunidade na qual vivem e passaram a influenciar na política e a exercer os principais cargos dentro do poder público. Resumindo: a comunidade portuguesa, no Brasil e no Mundo, é muito forte.

Ter alguém do Brasil na Assembleia da República pode representar oportunidades para a comunidade luso-brasileira?

Por conhecer a comunidade portuguesa que vive no Brasil, facilita levar, às autoridades do governo português, os anseios, carências e dificuldades pelas quais passam os emigrantes residentes em terras brasileiras, exigindo o devido respeito e atenção a isso.

Que mensagem deixa para os eleitores?

Que não deixem de votar. A participação de todos os cidadãos com direito a voto é importantíssima para chamar a atenção do governo português para os portugueses que vivem espalhados pelo Mundo. Vote CDS-PP!

Quem é Fernando Ribeiro Pereira?

Fernando Ribeiro Pereira é filho de madeirenses. Sou advogado há 23 anos. Casado, pai de dois filhos (Artur, 12 anos; e Helena, 4 anos). Ocupo o cargo de presidente da Casa da Madeira de Santos, desde 2016. Presidi, no ano rotário 2011-2012, o Rotary Clube de Santos Monte Serrat, Distrito 4.420 do Rotary International. Sou um apaixonado por tudo que diga respeito à comunidade portuguesa, à comida, à música, à dança. Ser português é ser patriota.

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