Voo da Força Aérea vai dar apoio ao regresso de portugueses de Israel

Da Redação com Lusa

O Governo português tomou a decisão de enviar um avião da Força Aérea Portuguesa (FAP) para apoiar o regresso de portugueses de Israel, aguardando-se porém autorização do país para o sobrevoo, indicou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Em comunicado, a diplomacia portuguesa referiu que de momento “não há registro de portugueses diretamente afetados” pelos acontecimentos em curso no território israelita, mas “tendo em conta as cada vez mais escassas opções que os voos comerciais oferecem, face à exponencial procura por parte de cidadãos de todas as partes do mundo, o Governo tomou a decisão de enviar um avião da FAP, sob estreita coordenação do Comando Conjunto das Operações Militares do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) para Israel”.

“Logo que seja dada a autorização de sobrevoo por parte das autoridades israelitas, informar-se-á de quando chegará o avião e quais os procedimentos a seguir por parte dos portugueses que procuram sair” de Israel, adiantou o comunicado, esclarecendo que se trata de uma missão que está a ser operacionalizada pelo MNE e pelo Ministério da Defesa Nacional.

Na sequência do ataque lançado sábado contra Israel pelo grupo islâmico Hamas a partir da Faixa de Gaza, estão sinalizados cerca de 100 cidadãos portugueses, entre turistas e residentes, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular apenas para assinalarem a sua presença no território, ou para solicitarem apoio na identificação de alternativas para a saída do país, as quais continuam a ser partilhadas, esclareceu ainda o Governo.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O conflito armado já causou centenas de mortos de ambos os lados e milhares de feridos.

Através da Embaixada de Portugal em Telavive, o MNE “está a fazer um acompanhamento persistente da situação, quer relativa aos portugueses como no que toca aos desenvolvimentos do conflito, mantendo igualmente contacto com as autoridades locais, bem como com outros países, em especial da União Europeia”, acrescenta.

O MNE informa ainda que “o atendimento no Gabinete de Emergência Consular foi reforçado”, sublinhando que “os contactos devem apenas ser feitos para estes números – +351217929714 / +351961706472 (chamadas telefónicas regulares) ou através do e-mail [email protected]”.

O governo reitera também os conselhos aos viajantes que constam no Portal das Comunidades Portuguesas.

Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

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