Portugueses detectam ameaças contra Torre Eiffel

Da Redação Com Lusa

Uma conversa interceptada por controladores aéreos portugueses dando conta de ameaças terroristas contra a Torre Eiffel, em Paris, foi transmitida às autoridades francesas que elevaram o nível de segurança no local, segundo o semanário Nouvele Observateur.

A conversa foi identificada na quinta-feira 10 de janeiro, numa emissão em onda curta, pelos controladores aéreos portugueses, em Santa Maria, Açores. De forma "vaga e confusa", segundo fonte policial, referia-se a um iminente ataque terrorista contra a Torre Eiffel.

As autoridades portuguesas alertaram de imediato as suas congêneres francesas que tomaram as correspondentes medidas de segurança.

Os serviços secretos franceses, da "Direction de la Surveillance du Territoire" (DST), procuram agora identificar o emissor das ameaças.

Se esta mensagem não foi apenas destinada a "lançar o pânico", como observou uma fonte dos serviços de contra-espionagem francesa, trata-se da última ameaça contra Paris, numa longa série emitida nos últimos dias em sites da internet da jihad islâmica.

A polícia de Paris indicou que o dispositivo de segurança na capital francesa, o plano "Vigipirate", permanece em alerta vermelho, como tem estado nos últimos meses. A proteção do prefeito Bertrand Delanoe foi igualmente reforçada.

De acordo com o secretário-geral do GCS, general Leonel Carvalho, em relato ao JN, o atentado não foi ligado à aviões, revelando apenas que a torre seria o alvo, fazendo referências ainda a um um engenho explosivo por via terrestre.

Segundo especialistas militares e fontes policiais, seria difícil saber a origem exata da comunicação, recebida em ambiente marítmo. As ondas podem ressaltar em vários obstáculos, dificultando a localização da origem.

As ameaças contra Paris e alvos econômicos na França multiplicaram-se nos últimos dias em vários sites islamitas. Estas ameaças são mais inquietantes porque surgem após a execução, em 24 de dezembro, de quatro turistas franceses na Mauritânia por um grupo salafista ligado à Al-Qaeda.

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