Mais de uma centena de concelhos de 14 distritos em perigo máximo de incêndio

Da Redação com Lusa

Mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Leiria, Portalegre, Beja, Castelo Branco, Guarda, Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga, Porto, Vila Real e Bragança apresentam hoje um perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou também mais de 40 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Porto, Braga e Portalegre em perigo muito elevado.

Outros concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Leiria, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja estão hoje em perigo elevado de incêndio.

Por causa das condições meteorológicas, o perigo de incêndio vai manter-se elevado pelo menos até domingo.

Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Por causa do tempo quente com temperaturas máximas que podem ultrapassar os 40 graus, o IPMA colocou os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Santarém sob aviso vermelho até às 21:00 de hoje, passando depois a amarelo até às 21:00 de quinta-feira.

Os restantes distritos do continente vão estar entre estes dias sob aviso laranja (o segundo mais grave), também devido ao tempo quente, segundo a informação do instituto.

Suspeitos

Este ano foram identificados 803 suspeitos relacionados com casos de incêndios, que estão a ser alvo de inquérito e investigação, tendo a GNR e a PJ feito 90 detenções, revelou hoje o ministro da Administração Interna.

Em declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro, anunciou que foram “identificados 803 suspeitos em relação as práticas inadequadas nuns casos, inseguras noutros e dolosas noutras circunstâncias”, que resultaram em “57 detenções feitas pela GNR deste que iniciou este trabalho mais intenso, em maio deste ano”.

O ministro acrescentou que a Polícia Judiciária (PJ) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) estão a trabalhar, “encontrando-se em fase de inquérito e investigação a esses 803 suspeitos”, tendo a PJ procedido também, “nos últimos meses, à detenção de mais 33 suspeitos de ações de incendiarismo”.

As declarações de José Luis Carneiro foram feitas no final de uma reunião de cerca de uma hora no Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana, em Lisboa, onde anunciou um reforço de 30% dos elementos da GNR para os próximos três dias: Até sexta-feira, estarão no terreno mais de 5.200 militares da GNR.

O agravamento das condições climatéricas e o aumento de risco de incêndio levou a um reforço dos meios no terreno que conta ainda com “mais 920 elementos que estão nos 230 postos de vigia fixos”, acrescentou o ministro, concluindo que no total estão “mais de 6.100 elementos a garantir a vigilância e observação de atitudes e comportamentos no terreno”.

O ministro voltou hoje a apelar à população para que mantenha os comportamentos de segurança para que não aumentem as probabilidades de incêndio, agradecendo o “comportamento e atitudes de responsabilidade” que se têm registrado.

Acompanhado pela secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, o ministro salientou ainda o reforço de bombeiros no terreno e recordou a situação dos bombeiros que na terça-feira sofreram um acidente.

 

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