Da Redação com Lusa
Mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Leiria, Portalegre, Beja, Castelo Branco, Guarda, Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga, Porto, Vila Real e Bragança apresentam hoje um perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou também mais de 40 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Porto, Braga e Portalegre em perigo muito elevado.
Outros concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Leiria, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja estão hoje em perigo elevado de incêndio.
Por causa das condições meteorológicas, o perigo de incêndio vai manter-se elevado pelo menos até domingo.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Por causa do tempo quente com temperaturas máximas que podem ultrapassar os 40 graus, o IPMA colocou os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Santarém sob aviso vermelho até às 21:00 de hoje, passando depois a amarelo até às 21:00 de quinta-feira.
Os restantes distritos do continente vão estar entre estes dias sob aviso laranja (o segundo mais grave), também devido ao tempo quente, segundo a informação do instituto.
Suspeitos
Este ano foram identificados 803 suspeitos relacionados com casos de incêndios, que estão a ser alvo de inquérito e investigação, tendo a GNR e a PJ feito 90 detenções, revelou hoje o ministro da Administração Interna.
Em declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro, anunciou que foram “identificados 803 suspeitos em relação as práticas inadequadas nuns casos, inseguras noutros e dolosas noutras circunstâncias”, que resultaram em “57 detenções feitas pela GNR deste que iniciou este trabalho mais intenso, em maio deste ano”.
O ministro acrescentou que a Polícia Judiciária (PJ) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) estão a trabalhar, “encontrando-se em fase de inquérito e investigação a esses 803 suspeitos”, tendo a PJ procedido também, “nos últimos meses, à detenção de mais 33 suspeitos de ações de incendiarismo”.
As declarações de José Luis Carneiro foram feitas no final de uma reunião de cerca de uma hora no Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana, em Lisboa, onde anunciou um reforço de 30% dos elementos da GNR para os próximos três dias: Até sexta-feira, estarão no terreno mais de 5.200 militares da GNR.
O agravamento das condições climatéricas e o aumento de risco de incêndio levou a um reforço dos meios no terreno que conta ainda com “mais 920 elementos que estão nos 230 postos de vigia fixos”, acrescentou o ministro, concluindo que no total estão “mais de 6.100 elementos a garantir a vigilância e observação de atitudes e comportamentos no terreno”.
O ministro voltou hoje a apelar à população para que mantenha os comportamentos de segurança para que não aumentem as probabilidades de incêndio, agradecendo o “comportamento e atitudes de responsabilidade” que se têm registrado.
Acompanhado pela secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, o ministro salientou ainda o reforço de bombeiros no terreno e recordou a situação dos bombeiros que na terça-feira sofreram um acidente.