Astronauta brasileiro trará ganhos para pesquisa do país

O primeiro astronauta brasileiro, o Tenente Coronel da aeronáutica Marcos Pontes, participa da Missão Centenário – batizada em homenagem aos 100 anos do vôo de Santos Dumont no 14 Bis – neste mês de março. Brasil passa a integrar agora a lista de países que embarcaram astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Serão oito experimentos realizados por Marcos Pontes, de instituições de pesquisas e escolas nacionais selecionados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), nas áreas de engenharia, biologia e outras.  “A ida do astronauta a ISS permitirá ao Brasil testar por oito dias o que normalmente é feito em oito minutos”, explica o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, que os experimentos do Programa de Microgravidade brasileiro envia foguetes de sondagem que permanecem apenas oito minutos em ambiente de microgravidade. O astronauta brasileiro terá oito dias.

Segundo Gaudenzi, a missão vai ainda despertar a curiosidade e o interesse da população para a importância de um programa espacial do Brasil. Atualmente, apenas 15 países possuem programas espaciais. “O Brasil é o único país do Hemisfério Sul a ter um programa espacial completo com satélites, lançadores e centro de lançamento. Os países mais desenvolvidos do planeta têm um programa espacial porque sabem que ele é uma alavanca para a Ciência e Tecnologia”, explica.

A Missão Centenário é composta de mais dois astronautas, além do tenente-coronel Marcos Pontes – um russo e um americano, e partirá de um centro de lançamento no Cazaquistão no final de março de 2006. Para a ida do brasileiro, o governo federal financiou treinamento na Nasa, agência espacial americana, e na Rússia, para a adaptação de Pontes na nave em que fará a viagem.

Durante os oito dias da estada de Marcos Pontes na ISS, ele fará três contatos com a Terra: um com presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva, outro com três jornalistas a serem selecionados e o último com crianças de escolas públicas.

Iniciada na década de 60 por russos e em seguida americanos, viagens espaciais já foram responsáveis por importantes descobertas e invenções como do velcro, teflon, forno de microondas, soldas, brocas especiais de dentista, além do uso de imagens de satélites para o combate a queimadas e desmatamento, proteção de mananciais de água, previsão do tempo, bem como os usos em telecomunicações para ligações interurbanas e internacionais e a transmissão de eventos.

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