Presidente português apela à contenção e “urgência de retomar via diplomática” no Médio Oriente

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa faz declaração a propósito das eleições europeias feita em direto no Castelo de Leiria, no âmbito das Comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Leiria, 8 de junho de 2024. PAULO NOVAIS/LUSA/POOL

 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou hoje a gravidade da situação no Médio Oriente, apelando à contenção e “urgência de retomar a via diplomática” como forma de resolver o conflito.

Numa nota publicada pela Presidência da República, lê-se que o chefe de Estado português, “em sintonia com o Governo e na linha do secretário-geral das Nações Unidas, bem como da União Europeia e outros parceiros, sublinha a gravidade da situação”.

Marcelo Rebelo de Sousa apela, por isso, “à contenção e à urgência de retomar a via diplomática para a resolução do conflito”.

No sábado, os Estados Unidos envolveram-se diretamente na guerra de Israel contra o Irã, ao bombardearem as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se “a paz não chegar rapidamente”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se hoje preocupado com o risco de “grave escalada” no Médio Oriente e apelou para a “máxima contenção de todas as partes” e ao regresso às negociações com o objetivo de encontrar uma “solução diplomática”.

Numa publicação na rede social X, o chefe do executivo português considerou que “o programa nuclear do Irão é uma séria ameaça à segurança mundial, pelo que não pode prosseguir”.

“Muito preocupado com o risco de grave escalada no Médio Oriente, apelo à máxima contenção de todas as partes e ao regresso às negociações com vista a encontrar uma solução diplomática”, lê-se na publicação, feita em português e inglês.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou-se hoje “gravemente alarmado com o uso da força pelos Estados Unidos contra o Irão”, e advertiu que “não há solução militar” para substituir a diplomacia.

“Tenho condenado repetidamente qualquer escalada militar no Médio Oriente. Os povos da região não podem ser sujeitos a um novo ciclo de destruição. E, apesar de tudo, corremos o risco de mergulhar num ciclo sem saída de retaliação após retaliação”, afirmou numa reunião de emergência a decorrer no Conselho de Segurança da ONU.

Esta reunião foi convocada, a pedido do Irão, horas depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter confirmado que bombardeiros norte-americanos tinham atacado com bombas anti-bunker as principais centrais nucleares do Irão, incluindo as instalações subterrâneas de Fordow.

Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.

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