Parlamento contra a moção de rejeição do PCP, programa do Governo viabilizado

O primeiro-ministro, Luis Montenegro (C-E), acompanhado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (C-D), é cumprimentado após a aprovação do Orçamento de Estado 2025, no final da sessão plenária de votação do Orçamento de Estado 2025, na Assembleia da República, Lisboa, 29 de novembro de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O governo minoritário PSD/CDS, chefiado pelo social-democrata Luís Montenegro, entra agora em plenitude de funções.

O parlamento votou contra a moção de rejeição do PCP ao Programa do XXV Governo Constitucional, com votos contra do PSD, Chega, PS, IL, CDS-PP e JPP, abstenção de PAN e votos favoráveis de PCP, Livre e BE.

No final da votação eletrónica, na qual participaram um total de 228 deputados, os parlamentares do PSD e CDS-PP aplaudiram de pé e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, desejou “boa sorte” ao executivo.

Minutos depois de chumbada a moção de rejeição, grande parte do Governo saiu do hemiciclo, mantendo-se na bancada do executivo os ministros Paulo Rangel e Carlos Abreu Amorim e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

A votação fechou os dois dias de debate do programa de Governo no parlamento e seguiu-se a um período de encerramento com cerca de duas horas para intervenções dos partidos e do Governo.

O período de encerramento tem cerca de duas horas para intervenções dos partidos, por ordem crescente de representatividade, e do Governo, seguindo-se a votação da moção de rejeição do PCP ao documento, que PS e Chega já disseram inviabilizar.

O executivo, pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, terminou o debate prometendo que o Governo manterá as contas certas, e “mais do que certas, justas”, e “ânimo reformista”, apesar da situação de incerteza internacional, depois de ouvir críticas do PS sobre o seu cenário macroeconómico e o Chega a prometer apontar os erros do executivo nesta legislatura.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado – aquando das votações das moções de rejeição apresentadas pelo BE e o PCP – nenhum partido optou por fazer uma declaração de voto oral.

O governo minoritário PSD/CDS, chefiado pelo social-democrata Luís Montenegro, entra agora em plenitude de funções, terminada a apreciação do Programa do Governo na Assembleia da República.

O XXV Governo Constitucional tem o apoio de 91 deputados – 89 do PSD e dois do CDS-PP – em 230, num parlamento em que o Chega tem 60 lugares, o PS 58, a IL nove, o Livre seis, o PCP três, o CDS-PP dois e o BE, PAN e JPP um deputado cada.

Colaboração

O primeiro-ministro sublinhou hoje que o Governo sai do parlamento legitimado, depois da discussão do programa, e concentrado em resolver problemas das pessoas e crescer economicamente, esperando colaboração da Assembleia da República.

“É isso que nós vamos fazer, concentrar-nos na resolução dos problemas que afetam a vida das pessoas, projetando a qualidade de vida de cada uma e projetando o crescimento da nossa economia para criarmos mais riqueza e podermos ter mais justiça social”, acrescentou Montenegro.

Para isso, disse, o Governo conta com “o apoio que foi dado nas eleições” e também “com a colaboração da Assembleia da República e de todos os representantes do povo”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também