José Luiz Monteiro assume o órgão e vai marcar uma reunião para votar a ata de aprovação da SAF.
Da Redação com Netlusa.com.br
Na última quinta-feira (13), Marcos Lico, presidente da Assembleia Geral da Portuguesa, solicitou afastamento por 60 dias depois das polêmicas envolvendo a ata de aprovação da SAF lusitana. Manuel Tomé, que seria o substituto natural por ter sido o vice na chapa, nunca assinou o termo de posse e, por isso, não ocupará o cargo. Sendo assim, a responsabilidade ficará com José Luiz Monteiro, o primeiro secretário, durante os dois meses.
Já de imediato, Monteiro, que é médico e exerceu a função em muitas partidas da Lusa nos últimos anos, terá a responsabilidade de convocar a reunião em que os sócios votarão a versão corrigida da ata que aprovou a transformação em SAF com os pedidos do COF atendidos, documento esse corrigido por Lico após pressão dos investidores do futebol lusitano. As informações foram divulgadas pelo jornalista Luiz Nascimento.
Antônio Carlos Castanheira e Artur Vieira, presidentes da diretoria executiva e do Conselho Deliberativo, respectivamente, poucas horas depois da mudança de comando, protocolaram um pedido de convocação da Assembleia Geral para que a ata seja votada pelos associados.
No documento é reforçada a necessidade urgente do seguimento dos trâmites para a conclusão do processo da SAF e registro na Federação Paulista de Futebol (FPF) e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Além disso, o texto cita que a convocação precisa acontecer em até 72 horas.
A responsável pela SAF voltou a pressionar a associação nesta semana para que o processo avance, com direito a ameaça de deixar a Portuguesa. Vale lembrar que o futebol lusitano é liderado pela Tauá Partners, em parceria com a Revee e a XP Investimentos.
Uniformizada da Lusa fala sobre reunião do COF e critica Marcos Lico
A torcida uniformizada Leões da Fabulosa divulgou uma nota oficial na última sexta-feira (14) para falar sobre a reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) da Portuguesa, que ocorrera no dia anterior. Quatro diretores da organizada participaram do encontro.
Segundo o comunicado, a reunião não envolveu nenhuma votação ou definição sobre a SAF. Logo no início, o presidente do COF, José Gonçalves, deixou claro que essa decisão não cabe mais ao órgão.
A uniformizada ainda relatou que o pagamento da dívida da Portuguesa foi um dos assuntos debatidos. A SAF, como previsto no contrato, será a responsável pela quitação dos débitos. A organizada ainda criticou Marcos Lico, que pediu afastamento de 60 dias da presidência da Assembleia Geral.
Confira, na íntegra, a nota da uniformizada:
Nota Oficial – Reunião do COF e Assembleia para Legalização da SAF
Conforme acordado com José Gonçalves, presidente do COF, estivemos presentes ontem na Reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) com quatro diretores dos Leões da Fabulosa. Viemos a público esclarecer alguns pontos sobre o que foi discutido.
Durante a reunião, não houve qualquer votação ou definição sobre se o parecer de ressalva é positivo ou negativo. Logo no início, José Gonçalves deixou claro que essa decisão já não cabe mais ao COF.
Outro ponto abordado foi a questão dos contratos, com explicações sobre a ordem cronológica dos envios, o que foi encaminhado e o que não foi. No entanto, em nenhum momento foi concedida a palavra ao Dr. Maurício (Vice-Presidente Jurídico da Portuguesa) para que pudesse se manifestar e apresentar sua defesa.
Um dos temas mais relevantes debatidos foi o pagamento da dívida da Portuguesa. Conforme previsto no contrato, foi esclarecido que a SAF será responsável por essa quitação.
Como a SAF é composta por 80% de investidores e 20% pelo clube, essa mesma proporção se aplicaria à dívida, significando que uma parte ainda recairia sobre a Portuguesa. No entanto, com a Recuperação Judicial (RJ), o valor da dívida tende a ser significativamente reduzido, e confiamos que os departamentos jurídicos da Portuguesa e da Tauá conseguirão minimizar esse montante. Para garantir a estabilidade financeira do clube, acreditamos que será fundamental negociar formas de ampliar as receitas a partir de diferentes frentes, incluindo o patrimônio, assegurando que a dívida seja paga de maneira viável, sem comprometer o futuro da instituição.
Diante dos esclarecimentos feitos, esperamos que o assunto SAF não volte mais a ser tratado pelo COF, visto que seu papel nesse processo já foi cumprido.
No entanto, hoje pela manhã fomos surpreendidos com mais um capítulo lamentável dessa novela: Marcos Lico, que deveria presidir a Assembleia e garantir a validade da ata retificada, simplesmente fugiu de sua responsabilidade ao se afastar por 60 dias. Assim como seu pai fez em 2014, Marcos Lico tirou o time de campo e mais uma vez prejudica a Portuguesa ao se omitir no momento crucial. E é esse tipo de gente que, em alguns anos, pretende compor o COF.
Com o afastamento de Marcos Lico, quem deveria assumir seria o vice-presidente Manuel Tomé, pai de Fernando Tomé. No entanto, Manuel se recusou por diversas vezes a assinar a ata de posse e, por conta disso, não pôde assumir o cargo.
Curiosamente, só demonstrou interesse hoje, claramente com o objetivo de travar a legalização da SAF. São mais um exemplo de indivíduos que afirmam agir pelo bem da Associação, mas, na realidade, apenas a utilizam em benefício próprio.
Verdadeiros sanguessugas, que sequer frequentam os jogos da Portuguesa e jamais demonstraram qualquer compromisso ou afeto pelo clube.
Diante desse cenário, quem assume a presidência da Assembleia é o Primeiro Secretário, José Luiz Monteiro, conhecido como Zé Luiz. Ex-médico da Portuguesa e figura de respeito, até o momento Zé Luiz tem nossa admiração e apoio.
Encorajamos que siga com a Assembleia e cumpra seu papel sempre pensando no bem maior do clube. Conte conosco!