Centenas de voos foram hoje cancelados no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e vários desviados para outros aeroportos, devido à falha de eletricidade que está a afetar a Península Ibérica.
Segundo a ANA Aeroportos, entre partidas e chegadas, são centenas os voos que foram cancelados no aeroporto de Lisboa, e vários voos desviados para outros aeroportos.
A ANA acionou os geradores de emergência, possibilitando o essencial da operação no Porto e em Faro, mas Lisboa com mais limitações, disse à Lusa fonte oficial da gestora aeroportuária.
Uma falha de eletricidade afetou, a partir das 11:30, Portugal e Espanha, e parte de França. A REN – Redes Energéticas Nacionais disse hoje que é ainda impossível prever quando é que o fornecimento de eletricidade estará normalizado e alertou para a complexidade da operação de restabelecimento do serviço, que será feito gradualmente.
O condicionamento do aeroporto de Lisboa, no seguimento do apagão, deixou milhares de pessoas no exterior, não podendo entrar ninguém.
No exterior do Aeroporto Humberto Delgado, eram milhares as pessoas que esperavam junto ao terminal 1, perto de uma estação de metro encerrada e a uma zona rodoviária entupida.
Fonte policial no terreno explicou à Lusa que o acesso ao interior aeroporto está vedado, exceto para os passageiros de voos que vão aterrando e para situações de emergência.
No interior da zona de partidas do Terminal 1, encontravam-se algumas dezenas de pessoas, que entraram ainda antes do apagão energético e que estão à espera dos seus voos.
Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) detalhou que quem já entrou e fez o check-in deverá partir nos seus voos, mesmo sem a reposição da rede.
Polícia
A PSP reforçou hoje o policiamento no aeroporto de Lisboa com polícias do Corpo de Intervenção para auxiliar a gestora da infraestrutura na “manutenção da ordem pública”, disse à Lusa fonte policial, adiantando que o terminal dois está encerrado.
Fonte oficial da Polícia de Segurança Pública avançou que o aeroporto de Lisboa está “fortemente condicionado” devido à falta de eletricidade em Portugal continental, precisando que o terminal dois, onde operam as companhias aéreas de baixo custo, está encerrado.
“Reforçámos o policiamento no aeroporto com polícias do Corpo de Intervenção para auxiliar a gestora da infraestrutura na manutenção da ordem pública”, indicou a mesma fonte.
A Autoridade Nacional de Aviação Civil disse hoje que foram ativados os planos de contingência dos aeroportos nacionais, na sequência do corte de energia que afeta o país, e pediu aos passageiros que “não se dirijam aos aeroportos”.
Numa nota enviada à Lusa, a entidade disse que, “na sequência do evento disruptivo verificado hoje, em vários países europeus, que impactou negativamente diversas atividades, nomeadamente o transporte aéreo, a ANAC informa que foram acionados os Planos de Contingência dos aeroportos, companhias aéreas e prestadores de serviços de navegação aérea”.
A entidade disse ainda que o “sistema de aviação civil está a trabalhar de forma coordenada de modo a garantir a gestão da operação”.
A ANAC solicitou ainda aos passageiros que “não se dirijam aos aeroportos e aguardem por novas informações”.
“Para mais informações sobre os seus voos deverão estar atentos aos comunicados e publicações divulgados pelas companhias aéreas”, acrescentou.
A ANA já tinha informado que acionou hoje os geradores de emergência, possibilitando o essencial da operação no Porto e em Faro, mas Lisboa com mais limitações, disse à Lusa fonte oficial da gestora aeroportuária.
Desta forma, nos aeroportos de Faro e do Porto estão a fazer-se todas as aterragens e descolagens, com recurso a energia de gerador, enquanto em Lisboa estão também a acontecer aterragens e descolagens mas com maior limitação, avançou a mesma fonte.