São Paulo recebe primeira remessa com 120 mil doses da vacina chinesa Coronavac

Da Redação

O Governador de São Paulo participou pessoalmente do recebimento da remessa de 120 mil doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. A carga, proveniente da China, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, nesta manhã.

O imunizante, que encontra-se na última fase de testes, é considerado uma das promissoras contra a pandemia do coronavírus, que já matou mais de 167 mil de brasileiros e 1,3 milhão de pessoas no mundo todo.

“A vacina salva, protege e nos dará uma oportunidade de termos o novo, uma nova vida, uma nova situação com a proteção de toda a população. Nós recebemos hoje 120 mil doses da Coronavac, a vacina do Butantan e do laboratório Sinovac, para proteger vidas. Ao longo dos próximos 40 dias vamos receber 46 milhões de doses. E quero destacar aqui que não estamos em uma corrida pela vacina, estamos em uma corrida pela vida”, destacou o Governador João Doria.

O embarque das doses aconteceu na madrugada de segunda-feira (16) em um voo comercial da Turkish Airlines e desembarcou no Brasil às 7h45. O local em que as vacinas serão armazenadas permanece em sigilo por questões de segurança. A chegada se deu após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação do material em 28/11.

Esta é a primeira remessa a chegar no Brasil. Ao todo serão 46 milhões de doses, sendo 6 milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria prima para formulação e envase em fábrica própria do Instituto Butantan em SP.

As demais remessas devem chegar no decorrer das próximas semanas. Já a disponibilização para a população ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação da agência reguladora, a Anvisa.

Estudos clínicos

Na última terça-feira (17) os resultados dos estudos clínicos da Coronavac foram publicados pela revista científica Lancet Infectious Diseases. A publicação mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.

As fases 1 e 2 reuniram 744 voluntários na China, com idades entre 18 e 59 anos. Os dados mostram que as reações adversas foram leves e nenhum efeito adverso sério relacionado à vacina foi identificado. A reação mais comum foi dor no local da aplicação. A taxa de seroconversão entre os voluntários que receberam a vacina, ou seja, produção de anticorpos, ficou acima dos 90%.

Em fase final de estudos no Brasil, a Coronavac é considerada uma das vacinas mais promissoras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e vem sendo testada em sete estados brasileiros, além do Distrito Federal.

Coordenado pelo Instituto Butantan, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Até o momento, mais de 10 mil pessoas já receberam ao menos uma das duas doses da vacina ou placebo.

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