Por Guiomar Bitetti
(20 de Janeiro de 2025)
Senhor Secretário José Cesário, tivemos conhecimento do Seminário que aconteceu em Lisboa, com um braço no nosso maravilhoso Porto e com a presença do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, tendo como um dos assuntos tratados o interesse do maior estreitamento de relações com a América Latina.
Ora, sendo o Brasil o maior País da América Latina e com o maior número de portugueses aqui vivendo, trabalhando e que durante muitos anos enviaram suas economias para seu País de origem, o Saudoso Portugal, temos que dar conhecimento de tudo que aqui se passa.
Em face do que acima escrevi, fico estarrecida de não ter sido resolvido até hoje a situação dos funcionários portugueses e brasileiros que trabalham nos Consulados e Embaixada de Portugal no Brasil.
Com todos os itens do Seminário em questão, que contou com a presença dos Chanceleres dos dois países irmãos, como não foi falada e resolvida essa situação de abandono a que são submetidos os funcionários consulares portugueses que trabalham em todo o território brasileiro e que passam por situação absurda, tendo seus salários congelados ao câmbio de € 2.63 desde o ano de 2013.
Que câmbio é esse inventado por alguma instituição portuguesa, que não o Banco de Portugal? Por que esse castigo? Por que fazerem os mesmos passarem vergonha, vendendo casas e tudo que tem para conseguirem sobreviver?.
Calcule-se a mudança de vida dos mesmos, obrigados a não ter planos de saúde, mudarem os filhos de escola, casais se separarem por absoluta falta de dinheiro.
Digam, por favor, que Seminário foi esse que esqueceu seus funcionários e quer boas relações com o Brasil e a América Latina?
Foi um sacrifício escrever estas palavras, como portuguesa de origem que sou.
Corrijam o câmbio à taxa atual, continuem enviando os Euros pelos Bancos respectivos, e paguem seus funcionários em Reais, convertidos às taxas do dia.
Ninguém quer nem pode receber em Euros em outro País, mas todos têm o direito de, no caso, receberem em Reais à taxa do dia como foi acertado quando admitidos aos serviços.
Isto, é chamado quebra de contrato. Contrato quebrado, repito, para não ser olvidado no ano de 2013.
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Por Guiomar Bitetti
Ex-funcionária diplomática do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro.