Da Redação com Lusa
Quase 1,2 milhões de pessoas foram controladas nas fronteiras portuguesas desde o início do controle documental no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), tendo sido recusada a entrada a 172, segundo dados hoje divulgados.
O controle documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres no âmbito da JMJ entrou em vigor em 22 de julho e está a ser feito de forma seletiva e direcionado com base em informações e análise de risco.
Um balanço feito pelo Sistema de Segurança Interna (SSI) indica que foram controladas, até sexta-feira, 17.715 viaturas nas fronteiras terrestres, 1.745 embarcações nas marítimas e 6.040 aviões nas aéreas.
Segundo o SSI, nas fronteiras terrestres foi recusada a entrada a 110 pessoas e nas aéreas 62, sendo a maioria por falta de visto válido, não comprovação dos objetivos da estada, interdição de entrada em espaço Schengen e ausência de visto adequado à finalidade pretendida.
O SSI indicou ainda que 63.137 pessoas foram controladas, desde 22 de julho, nas fronteiras terrestres e 80.699 passageiros nas fronteiras marítimas pelo SEF e GNR, enquanto nos aeroportos o SEF e a PSP controlaram 1.047.932 pessoas.
O controlo documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres no âmbito da JMJ vai ser feito até à próxima segunda-feira.
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Incidentes
A PSP registou na sexta-feira quatro ocorrências no âmbito da JMJ, assinalando um acidente de um autocarro com cerca de 50 peregrinos em Lisboa, sem feridos a declarar, anunciou hoje aquela força de segurança.
De acordo com os dados divulgados pelo Sistema de Segurança Interna (SSI), referentes ao quarto dia da JMJ, a PSP destacou o acidente do autocarro na Avenida Doutor Alfredo Bensaúde.
Também foi descoberto um cidadão marroquino no Jardim Amália Rodrigues, “escondido nos arbustos e indocumentado”.
“Foram efetuadas as diligências necessárias e o indivíduo foi notificado para comparecer no SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]”, indicou.
A PSP salientou ainda que um grupo de 10 peregrinos brasileiros foi alvo de furto, tendo-lhes sido roubados 766 euros e vários objetos pessoais.
Em Lisboa, acrescentou a força da segurança, um cidadão polaco viu o seu telemóvel, avaliado em 300 euros, ser roubado por cinco pessoas.
A PSP aconselha as pessoas a não colocarem os seus objetos pessoais, como o telemóvel ou a carteira, nos bolsos de trás, pedindo que as pessoas usem a “mochila virada para frente” e evitem “lugares mal iluminados”.
Segundo a Santa Sé, 800.000 pessoas estiveram na sexta-feira no Parque Eduardo VII, em Lisboa, onde decorreu a Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco.