Presidente do Brasil fala de meio ambiente e desenvolvimento na abertura do Fórum Econômico Mundial

Da Redação
Com EBC

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira sua estreia internacional, ao discursar por 6 minutos e 36 segundos na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Ele reiterou que o Brasil vive um novo momento sem nortear suas escolhas em viés ideológico, com respeito a valores e em defesa da abertura do mercado econômico. “Temos o compromisso de mudar a nossa história.”

No discurso, o presidente destacou a importância de o mundo acreditar no Brasil. Ele não mencionou reformas, mas afirmou que vai reduzir tributos no país. Bolsonaro reiterou a determinação de avançar economicamente.

Bolsonaro defendeu a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), sem entrar em detalhes, mas destacando a necessidade de aumentar as trocas internacionais. Acrescentou que o esforço do governo federal será para colocar o Brasil entre os 50 melhores países para fazer negócios.

O presidente reiterou que vai se empenhar para reduzir a pobreza e a miséria no Brasil por meio da educação. Segundo ele, outro esforço é para combater a corrupção e aumentar a segurança pública. Bolsonaro convidou os presentes para que visitem o Brasil. “Estamos de braços abertos”, disse. “Quero um mundo de paz, democracia e liberdade.”

Ele reafirmou sua determinação de manter a harmonia entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente e a biodiversidade. “Nossa missão é avançar na compatibilização da preservação” e do “desenvolvimento”. “Queremos que o mundo restabeleça a confiança em nós.”

O presidente lembrou como foi sua campanha eleitoral, gastando pouco, com tempo reduzido de televisão e “sendo atacado”. Destacou que “montou uma equipe” sem ingerências político-partidárias. No discurso, citou os nomes dos ministros Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

América do Sul

O presidente Bolsonaro disse que os líderes sul-americanos não querem uma “América bolivariana”, após um breve discurso na 49.ª reunião anual do Fórum, divulgou a Lusa.

“Estamos preocupados em fazer uma América do Sul grande. Não queremos uma América bolivariana”, disse Bolsonaro, em resposta a uma pergunta do presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, sobre a integração do Brasil com a América Latina.

O chefe de Estado brasileiro também afirmou que mais políticos de centro e de centro-direita foram eleitos na América do Sul nos últimos anos, referindo-se principalmente aos presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Sebastián Piñera, do Chile.

“Isto é uma resposta de que a esquerda não prevalecerá nesta região. O que é muito bom, no meu entender, não apenas para a América do Sul, mas para o mundo”, acrescentou.

A 49.ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial arrancou hoje em Davos, na Suíça, e terá com temas centrais debates sobre a Globalização 4.0 e as alterações climáticas.

Esta edição do Fórum é marcada pela ausência do Presidente norte-americano, Donald Trump, bem como por toda a delegação oficial dos Estados Unidos, e também dos líderes políticos da França e Reino Unido.

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, lidera a comitiva portuguesa a Davos. A Europa também é representada pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.

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