Governo quer maior notoriedade turística dos Açores no Brasil

Da Redação
Com Agencias

O presidente do Governo dos Açores fechou no domingo uma visita oficial de cinco dias ao Brasil valorizando os encontros com as comunidades e sublinhando que o aumento da notoriedade da região como destino turístico é um “grande desafio”.

“Há um trabalho prévio e imediato que julgo importante fazer-se: conhecimento e notoriedade dos Açores como destino turístico, aqui no Brasil e aqui sobretudo nos estados com as comunidades, aproveitando esta porta de entrada que é a existência de comunidades”, vincou Vasco Cordeiro.

O governante falava aos jornalistas no Rio de Janeiro, antes de embarcar para Portugal, e fazia um balanço de uma visita oficial de cinco dias que passou por Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.

No que se refere ao turismo, Vasco Cordeiro advogou ser necessário um “aumento da notoriedade” do arquipélago. O líder do executivo açoriano valorizou os dias passados no Brasil.

“A ideia que posso retirar é que a visita foi efetivamente produtiva num duplo sentido: num conhecimento mais direto e aprofundado do contributo das comunidades açorianas nos diversos estados e cidades que os acolheram para o desenvolvimento desses territórios […] e porque esta visita permitiu constatar a grande ligação que existe ainda nestas comunidades com os Açores”, sustentou.

Aquela que foi a primeira deslocação de Vasco Cordeiro ao Brasil enquanto presidente do executivo açoriano decorreu na sequência da declaração de 2018 como “Ano dos Açores em Santa Catarina”, onde, entre 1748 e 1754, desembarcaram os primeiros emigrantes da região autônoma.

No primeiro dia da visita oficial, o chefe do executivo encontrou-se com o governador Eduardo Pinho Moreira – que convidou Vasco Cordeiro a deslocar-se a Santa Catarina – e com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado local, Aldo Schneider.

Ainda em Santa Catarina, Vasco Cordeiro visitou a Feira Catarinense do Livro, com um ‘stand’ dos Açores, assim como a exposição “Antero de Quental e Vitorino Nemésio: Verbos Vivos da Cultura Açoriana”, uma iniciativa do Governo dos Açores patente na Galeria de Arte do Mercado Público da cidade brasileira.

No dia seguinte, além de um encontro com o prefeito de Florianópolis, Gean Marques Loureiro, o presidente do Governo Regional dos Açores presidiu à cerimônia de abertura do congresso “270 Anos de Presença Açoriana em Santa Catarina: Mar, História, Patrimônio, Literatura e Identidade”.

A deslocação oficial incluiu ainda passagem pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o socialista teve encontros com as comunidades nas cidades e presidiu ao lançamento do livro “Uma Página sobre Vitorino Nemésio”, na Casa dos Açores do Rio.

A convite de Vasco Cordeiro, a comitiva que viajou ao Brasil integrou ainda os presidentes das Câmaras Municipais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória – cidades geminadas com Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina -, bem como alguns deputados da comissão de Política Geral do parlamento açoriano.

 

O Presidente do Governo concluiu a visita oficial ao Brasil com um convívio com a comunidade açoriana do Rio, onde deixou o repto a todos os Açorianos, os que vivem na Região e nas comunidades, a assumirem o desafio de “afirmar os Açores no mundo”.

“Para essa tarefa, todos estão convocados. Estão convocados os Açorianos de lá, como estão convocados os Açorianos de todas as nossas comunidades”, afirmou Vasco Cordeiro, no final desta deslocação ao país.

Na sua intervenção, o Presidente do Governo defendeu que uma das formas de dar expressão prática a este desafio passa por dar a conhecer os Açores de hoje, “uma das portas de entrada na Europa, que tem conseguido, ao longo do tempo, equilibrar o seu desenvolvimento do ponto de vista econômico, mas salvaguardando objetivos de sustentabilidade ambiental e social”.

“Uma Região que hoje se afirma no que tem a ver com tecnologias espaciais, que tem na Universidade dos Açores uma das instituições internacionais de referência no estudo do Mar, que fez o seu trajeto, que se orgulha muito da sua História e daquilo que os Açorianos fizeram lá, nos Açores, e em todas as comunidades onde se instalaram”, sublinhou Vasco Cordeiro.

De acordo com Presidente do Governo, há, assim, um “campo imenso que se abre, a par das nossas tradições, da nossa cultura e da nossa identidade, para este trabalho de dar a conhecer a Região que somos hoje”.

CASP

Em São Paulo, o Presidente do Governo convidou as comunidades emigradas a visitarem os Açores de hoje, salientando o trajeto de desenvolvimento e progresso que os Açorianos construíram ao longo de cerca de quatro décadas de Autonomia.

“Se é certo que temos um grande orgulho naquilo que as nossas comunidades construíram nos países de acolhimento, também é importante referir o orgulho que temos naquilo que os Açores são hoje, naquilo que os Açorianos que optaram por não emigrar construíram nas nossas nove ilhas”, afirmou Vasco Cordeiro na Casa dos Açores de São Paulo (CASP).

“Um dos objetivos desta visita passa por vos dar a conhecer, por vos desafiar a conhecer os Açores de hoje, naquilo que têm de desafios, é certo, mas também naquilo que têm de oportunidades”, frisou Vasco Cordeiro.

Segundo disse, a Região, sobretudo ao longo dos últimos cerca de 40 anos, fez o seu percurso de desenvolvimento e de progresso, de melhoria das infraestruturas e dos níveis de Educação e de Saúde, criando um ambiente propício para a criação de emprego e de riqueza.

“Temos certamente desafios, mas o trajeto que fizemos deve orgulhar também as nossas comunidades açorianas emigradas e todos aqueles que amam os Açores”, salientou o Presidente do Governo.

Neste convívio “de celebração dos Açores e da Açorianidade”, Vasco Cordeiro aproveitou ainda para sinalizar o orgulho “na forma como as comunidades dão vida às nossas tradições, à nossa cultura e à nossa identidade, no caso do Brasil, sobretudo à volta de uma das marcas mais fortes da identidade açoriana, que é o culto ao Divino Espírito Santo”.

“Naquilo que este culto tem de mensagem de partilha, de solidariedade e de união, está também aquela que é a celebração dos Açores e dos Açorianos”, destacou.

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