A Sociedade Filarmónica de Mões, no concelho de Castro Daire, está a organizar a terceira edição da Feira Medieval. O evento vai ter lugar nos dias 8 e 9 de Julho e promete animar a população, bem como atrair centenas de visitantes. No recinto será possível reviver a época medieval, através de algumas atividades e da caracterização dos participantes.
Ígor Lopes (Portugal)- Ao todo serão dois dias de muita animação, num cenário medieval recheado de animações para toda a família. No local vai ser possível reviver antigas tradições e conviver com várias atividades, das quais pode-se realçar a batalhas entre bravos cavaleiros, música medieval e dança do ventre.
Os visitantes poderão conviver com animais, como cobras, cavalos, burros e águias. Vão decorrer passeios da Nobreza pelas ruas da Feira, além da participação de bruxas, mendigos e bobos da corte. Há também venda de escravos, concerto de coro gregoriano e espetáculo noturno com fogo. Serão servidas ainda refeições tradicionais da época medieval e vinho regional. O comércio, que é um dos pontos altos da festa, vai marcar também presença. No recinto será possível comprar fumeiros, peças em ouro, utensílios de madeira e metal, calçados, como tamancos, chinelos e sandálias, bem como ervas medicinais, flores, pão, artesanato e lembranças. “É um orgulho para a vila de Mões reviver um mercado medieval. Esperamos receber centenas de pessoas como já tem sido hábito nas duas edições anteriores, onde as ruas, por vezes, ficavam congestionadas pelos imensos visitantes que aderiram a esta grande iniciativa”, afirma Luís Oliveira, um dos responsáveis pela Sociedade Filarmónica de Mões. Segundo a organização do evento, um dos objetivos da Feira é proporcionar um ambiente de festa e interação entre a Sociedade Filarmónica e a população da vila. Nessa confraternização irão participar várias associações da região. A realização do evento recebe ainda o apoio da Câmara Municipal de Castro Daire e da Junta de Freguesia de Mões. A Feira Medieval merece destaque também numa transmissão em direto, na RTP 1, no âmbito do programa "Praça da Alegria", no dia 7 (sexta-feira), “o que vai proporcionar que o nome da vila de Mões rompa fronteiras através dos muitos emigrantes que acompanham o programa”. O turismo vai ser também uma das vertentes exploradas. “Este evento vai proporcionar-mos reviver e ver o quotidiano das pessoas na época medieval, em que não havia televisão, nem outros vícios da sociedade. A palavra de ordem era trabalhar para comer. (…) Queremos que as pessoas passem um dia diferente, e que abdiquem por umas horas dos vícios da sociedade que hoje em dia estão presentes no nosso dia à dia”, finaliza. Banda faz parte da história da freguesia A Sociedade Filarmónica de Mões é responsável por inúmeras iniciativas inéditas na vila de Mões, bem como no Concelho de Castro Daire. Ao longo destes últimos quatro anos, a Sociedade tem organizado eventos de um nível cultural bastante elevado, como é o caso dos concertos com o Tenor Carlos Guilherme e grupo Coral da Paróquia de S. Pedro de Castro Daire, além da realização de uma Cegada e Ceifa à moda antiga. A Sociedade realizou também o primeiro Master Class de música, bem como um convívio de bandas na vila, entre outras atividades. A coletividade, que conta com mais de 200 anos de história, é composta hoje por 40 músicos, orientados pelo maestro João Dias. E porque a formação é uma das componentes principais da instituição, a Sociedade conta ainda com uma escola de música com cerca de 25 alunos. Considerada por muitas pessoas a melhor Banda Filarmónica do Concelho de Castro Daire em termos de qualidade musical, é provavelmente a coletividade que mais se destaca com iniciativas diversificadas. Luís Oliveira é a pessoa responsável por este projeto, que conta com uma banda jovem de reconhecido talento e com um grande futuro pela frente. A banda espera lançar um CD no início do próximo ano, como forma de manter um registro da sua história, que vai contar com fotografias e outros documentos. Uma visita à vila A atual vila e freguesia de Mões possui uma área de cerca de 4533 hectares e fica a uma distância de dez quilômetros da sede de concelho. É formada pelas aldeias de Arcas, Canado, Casais de D. Inês, Codeçais, Courinha, Granja, Grijó, Malhada, Portela, Rabaçosa, Soutelo, Vila Boa e Vila Franca, que contam, ao todo, com 2109 habitantes.