Lisboa recebe loja para pessoas carenciadas onde dinheiro não entra

Da Redação
Com Lusa

PracadoComercio_LisboaUma loja de rua para pessoas em situação de vulnerabilidade social, onde se vai “vender” roupa, sapatos e livros mas em que o dinheiro não entra, vai estar aberta sábado na Praça de Londres, em Lisboa.

Esta é a primeira vez que a capital portuguesa recebe uma “Street Store”: uma ação internacional destinada a pessoas em condição de sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social e que chega agora a Portugal.

Além de Lisboa, as cidades de Porto, Braga e Coimbra também vão ter uma “Street Store” no mesmo dia e à mesma hora (das 10:00 às 18:00).

Em declarações à Lusa, Mafalda Lobato, organizadora da loja em Lisboa e mentora desta iniciativa em Portugal, disse que fizeram uma recolha de bens em todo o país para as quatro lojas.

Em Lisboa vão estar expostas muitas peças desde mantas, casacos, sapatos, produtos de higiene, livros e coisas para bebés, entre outros.

Os interessados levam o que precisarem até um limite que “ainda não está definido”, mas Mafalda Lobato aponta para 10 peças.

Na “Street Store” estarão também cabeleireiros que irão prestar serviços gratuitos e a organização está a tentar levar enfermeiros para prestarem cuidados de saúde.

“De manhã, vamos ter um ator de rua a animar a loja e vai passar também por lá um grupo de reiki”, acrescentou Mafalda Lobato.

No Porto, a “Street Store” vai acontecer na Praça da Alegria, enquanto em Coimbra será no Largo do Romal e em Braga em frente ao Balcão Único.

Para trazer este conceito a Lisboa, Mafalda Lobato contou com o apoio da Comunidade Vida e Paz que a “encaminhou” e ajudou a vários níveis.

“Vi este conceito na internet e decidi, sozinha, avançar. Através do Facebook juntaram-se mais três pessoas para Porto, Coimbra e Braga”, contou à Lusa.

Para a organizadora, a maior dificuldade foi arranjar parceiros porque “nenhum trabalha na área social o que dificultou porque não têm ‘cunhas’ em associações”.

“Não temos cunhas, só vontade de ajudar. Mas encontrei a comunidade Vida e Paz que nos deu apoio”, acrescentou.

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