Da Redação com Lusa
As exportações e as importações diminuíram 4,9% e 6,1%, respectivamente, no segundo trimestre do ano em termos homólogos, anunciou o INE, que reviu os resultados preliminares de 2022 para crescimentos de 23,2% nas exportações e 31,7% nas importações.
“No segundo trimestre de 2023, as exportações e as importações diminuíram 4,9% e 6,1%, respetivamente, em relação ao segundo trimestre de 2022 (+2,1% e -0,7%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em maio de 2023)”, refere o INE nas “Estatísticas do Comércio Internacional”.
A autoridade estatística apresentou também os resultados definitivos para o ano de 2022, que, em função de informação adicional entretanto obtida, “apresentam revisões de +0,3 pontos percentuais em ambos os fluxos face aos resultados preliminares divulgados em junho”, traduzindo-se em taxas de variação anuais de +23,2% nas exportações e +31,7% nas importações.
Segundo os dados definitivos do INE referentes a 2022, o défice da balança comercial atingiu 31.083 milhões de euros no ano, correspondendo “a um aumento de 11.556 milhões de euros face ao ano anterior, refletindo-se numa diminuição de 4,9 p.p. na taxa de cobertura (71,6% em 2022)”.
No final de junho deste ano, o défice da balança comercial era de 2.122 milhões de euros, menos 496 milhões de euros que no ano anterior. Sem a componente combustíveis e lubrificantes foi registado um aumento desde défice em 136 milhões de euros, para 1.522 milhões de euros.
Em junho de 2023, as exportações e as importações diminuíram 3,4% e 7,6%, respetivamente, em junho face ao mesmo mês de 2022, destacando-se a quebra das exportações e importações de combustíveis.
Sem o impacto dos combustíveis e lubrificantes nas exportações e importações (-41,0% e 47,4%, respetivamente), houve um aumento de 1,1% nas exportações e de 2,7% nas importações, contra -4,7% e +3,9% em maio de 2023.
Já os índices de valor unitário (preços) registaram um recuo de 4,8% nas exportações e de 9,1% nas importações, contra -2,3% e -6,5% em maio e +19,6% e +26,6% em junho do ano passado.
Entre as grandes categorias econômicas de bens, o INE salienta os decréscimos nas exportações de combustíveis e lubrificantes (-41,0%), “refletindo em grande medida a descida dos preços destes produtos”, bem como de fornecimentos industriais (-10,8%). Por outro lado, é destacado o aumento das exportações de máquinas e outros bens de capital (+14,0%).
Entre as importações, o instituto estatístico salienta “o decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-47,4%), sobretudo do Brasil e de Angola, refletindo descidas nos preços, mas também um efeito base, dado que em junho de 2022 se tinham registrado aumentos significativos nas importações destes produtos, antecipando a escassez e subida de preços perspetivadas pelo conflito na Ucrânia”.
No mesmo sentido, também os fornecimentos industriais (-8,8%) registaram uma descida mais acentuada, enquanto as importações de material de transporte – principalmente automóveis para transporte de passageiros – cresceram 15,9%.
No trimestre terminado em junho deste ano, e analisando a variação homóloga entre os principais países parceiros em 2022, destacam-se as descidas nas exportações e nas importações com Estados Unidos da América (-37,4% e -26,7%, respectivamente), mas também das importações do Brasil (-45,8%).