Rebeca Andrade ganha ouro e é primeira brasileira com 2 medalhas na mesma Olimpíada

Da Redação

O Brasil pode comemorar mais um ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. É de Rebeca Andrade, que fez história ao conquistar o primeiro ouro da ginástica artística feminina neste domingo, ao marcar 15.083 na prova do salto.

Ela se tornou ainda a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas numa mesma edição olímpica. Ela já havia conquistado a prata no individual geral. E tem chance de aumentar a sua coleção na final do solo, que será disputada nesta segunda, 2.

“Eu dedico a conquista da medalha de ouro a todo mundo, mas, em especial, ao meu treinador, Francisco Porath. A gente trabalhou muito e era um dos aparelhos em que eu tinha mais chance, como vocês sabem. Eu fiquei muito satisfeita. Acho que fico mais feliz com a felicidade dele do que com a própria medalha. Ele só quer me ver brilhar e a única forma que eu posso retribuir é com a minha ginástica e nosso trabalho. Eu pude fazer isso por ele na quinta, com a medalha de prata, e hoje, com a medalha de ouro. E é isso que eu vou buscar fazer, dar orgulho para as pessoas, para a minha família e pra mim”, disse Rebeca.

Executando dois dos movimentos mais difíceis no aparelho, um Cheng e um Amanar, ele conseguiu 15.166 no primeiro salto e 15.000 no segundo, chegando a uma média de 15.083. Ela foi a terceira a se apresentar na final e assumiu a liderança para não mais deixar até a oitava ginasta deixar a área de competição. A prata ficou com Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, com 14.916 – americana que substituiu a estrela Simone Biles na final -, e o bronze com Seojeong Yeo, da Coreia do Sul, com 14.733.

A ginasta de Guarulhos que defende as cores do Flamengo dominou as redes sociais com a prata no individual geral nos últimos. Apesar de saber de grande repercussão dos seus feitos, a jovem de 22 anos segue focada na busca de seu terceiro pódio olímpico.

“Estou bombando nas redes sociais, a galera ficou bem feliz. Mas a minha cabeça está a mesma de quando eu saí do Brasil para vir competir, totalmente concentrada, sabendo as coisas que importam e o que eu preciso fazer, para depois pensar em tudo isso que está acontecendo. Eu sempre reposto o que as pessoas me marcam, eu sei que elas torcem demais e querem o melhor pra mim, isso é muito legal. Estou bem centrada, amanhã tem mais um dia de competição, mais um dia que vou dar 110% de mim e é nisso que estou pensando… E na medalha também, claro”, concluiu.

Conquista na natação

O nadador Bruno Fratus encerrou a participação da natação brasileira nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 com mais um pódio. O brasileiro terminou em terceiro lugar nos 50m livre, a prova mais veloz da natação, com o tempo de 21s57, e assegurou a medalha de bronze.

“Tenho que agradecer a muita gente do COB, da CBDA e do Minas Tênis Clube e publicamente eu queria agradecer dois caras, um é o Cesar Cielo, que mostrou que era possível há uns anos atrás. No começo da minha carreira, se eu não tivesse tido a oportunidade de competir ao lado de quem eu acredito ser o melhor velocista da história eu não teria chegado aqui hoje. E agradecer ao Fernando Scheffer, que mostrou essa semana que era possível. Por várias vezes, quando eu estava ansioso, eu pensava: o Scheffão fez você pode fazer também. Eu disse uma vez que não tenho ídolo, mas vou usar essa palavra, meu ídolo, que eu cresci vendo, Fernando Scherer, que mostrou que era possível anos atrás. Michelle, minha esposa, o que ela me falou antes da prova fez toda diferença. Brett Hawke, meu melhor amigo, meu técnico, que estava mais ansioso do que eu”, afirmou Fratus após deixar a piscina.

Medalha no Tênis

Laura Pigossi e Luisa Stefani foram as últimas atletas a serem inscritas na chave de duplas dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A confirmação da ITF (Federação Internacional de Tênis) veio no dia 16 de julho, a uma semana da abertura oficial dos Jogos Olímpicos. Passados quinze dias, as tenistas têm motivos de sobra para comemorar: conquistaram a primeira medalha do tênis brasileiro em Jogos Olímpicos.

O bronze veio em uma partida heroica. Laura e Luisa saíram perdendo o primeiro set para Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, mas se recuperaram na parcial seguinte, devolvendo o 6/4. E, no match tie-break, conseguiram virar o jogo quando o placar indicava 9/5 para as russas. Com seis pontos seguidos, elas fecharam a partida e alcançaram a conquista mais importante de suas carreiras.

“Ainda não caiu a ficha do quanto isso é importante. Entramos na competição de última hora, aos 45 do segundo tempo, e fizemos valer a pena. Aproveitamos cada momento para representar o tênis brasileiro da melhor maneira e estamos muito felizes de trazer a medalha para casa”, comemorou Luisa Stefani.

Ainda, o brasileiro Alison dos Santos não somente passou para a final como também quebrou o recorde brasileiro e sul-americano nos 400m com barreiras completando a prova em 47.31.

O boxeador Hebert Conceição garantiu para o Brasil a segunda medalha da modalidade nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. No início da noite deste domingo no Japão (manhã no Brasil), o atleta brasileiro derrotou o cazaque Abilkhan Amankul, por 3 a 2, pelas quartas de final, e se classificou para a semifinal da categoria até 75kg. Na disputa por uma vaga na decisão, Hebert terá pela frente Gleb Bakshi, do Comitê Olímpico Russo, na quinta-feira, às 15h18 do Japão (3h18 de Brasília).

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