UNEPA planeja montar sua “Escola de Panificação” para ajudar o setor no litoral

A novidade que beneficiaria todo o setor no litoral paulista foi revelada pelo presidente Adalberto Freire durante jantar comemorativo ao Dia do Panificador.

Por Odair Sene

Adalberto Freire, Antonio Lopes, e Alberto de Pinho.

O setor da panificação no Brasil é tão forte e importante na economia nacional como no país de origem, Portugal, bem como na França onde é extremamente importante, na Alemanha ou na Venezuela. Porém, seja em qualquer desses países, uma coisa é certa, se tem padaria foi um português que para lá levou, implementou e ensinou como fazer.

No Brasil a padaria é sinônimo de trabalho, é indispensável não só na dieta alimentar da população como para a economia do país gerando milhares de empregos diretos e indiretos. “Somos os homens da panificação; nós acordamos bem cedo para fazer o pão nosso de cada dia”, diz com orgulho Adalberto Vieira Freire, o presidente da União das Empresas de Panificação e Afins (UNEPA), que congrega as empresas da baixada santista em São Paulo. Além de Santos, engloba São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Cubatão, enfim todas as cidades litorâneas.

Apesar do setor ter muita importância no dia a dia, ainda não tem produção suficiente de trigo para abastecimento interno. O trigo é a matéria prima fundamental para a produção do pão, porém ainda depende de importação, especialmente da Argentina para não faltar no mercado interno.

Durante o mês de junho, segundo a UNEPA, o trigo sofreu aumento de 8%, o qual, até o momento não foi repassado ao consumidor. Mesmo assim, o preço do produto na baixada está em média R$ 8,00 o quilo, caro para os padrões do consumidor brasileiro, porém “razoável” para os empresários do setor. “Olha não está barato, sem dúvida alguma, mas nossos custos não ajudam, o trigo aumenta, a mão de obra está cada vez mais difícil, então pela dificuldade de nos manter no setor, até que está razoável”, justifica Adalberto Freire que comanda a UNEPA pela segunda gestão seguida. Ele sucedeu o panificador Antonio Lopes com missão de fortalecer a classe trazendo mais associados.

“Conseguimos aumentar nosso quadro e estamos trabalhando hoje com apoio dos panificadores não só de Santos mas de todas as cidades do litoral”, diz o presidente que estima 550 empresas do setor na região, porém apenas 120 estão associadas à UNEPA. A meta por hora é aumentar esse número para fortalecer o setor. A entidade oferece serviços importantes, como assistência jurídica aos associados.
O mais importante, no entanto, é o que planeja a direção da instituição. A UNEPA pretende montar, futuramente, uma Escola de Panificação, que ofereceria cursos e outros serviços aos associados visando melhorias em diversos aspectos, especialmente em produtos e serviços. “Cada dia que passa vemos que precisamos desses cursos, então vamos chegar lá, e vamos montar nossa Escola de Panificação”, sustenta revelando que ainda não andou com o projeto por falta de tempo e planejamento.

Nesta noite de 8 de julho de 2011 os panificadores do litoral estiveram reunidos na belíssima sede do Centro Cultural Português, em Santos, num jantar que reuniu cerca de 450 pessoas com apoio das empresas fornecedoras do setor, além de muita colaboração dos associados e diretores.

A surpresa ficou por conta do escolhido como “Panificador do Ano”. A UNEPA elegeu José Rodriguez Miguez, emigrante espanhol que vive no Brasil desde 1956, proprietário da Padaria e Confeitaria Flor, com boa parte de sua vida dedicada à panificação, trabalhou como empregado por quase 20 anos, entregando pães de madrugada, trabalhava ainda na produção e também no balcão. Hoje conta com a ajuda da mulher Emilia Álvares Rodriguez, além dos filhos José Leonardo e Luiz Fernando. O panificador do ano foi muito enaltecido na apresentação do Gabrielo Gabbrielleschi, do programa Portugal e sua gente, e foi aplaudido de pé pelos presentes.

Havia nesta noite uma grande e completa mesa de frios no centro, muitos produtos a base de trigo expostos. A vontade tínhamos refrigerantes, entre outras bebidas e o bom vinho português. Já no cardápio: filé mignon ao molho madeira. A parte musical ficou por conta do conjunto Irmãos Ribeiro.

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