Hospital de São Paulo confirma mais duas mortes por Covid-19

Da Redação

Mais duas pessoas morreram por Covid-19 na capital paulista. Segundo o Hospital Sancta Maggiore, unidade Paraíso, os casos se referem a um paciente de 65 anos e outro de 80 anos, ambos com comorbidade. Os sexos dos pacientes não foram informados.

O hospital informou que ambos estavam internados desde domingo (15). As informações passadas pelo hospital foram também confirmadas esta tarde pela Secretaria Estadual de Saúde.

Com isso, já são três as mortes por Covid-19 em São Paulo, todas elas na capital paulista e ocorridas no mesmo hospital.

Terça-feira, o governo anunciou a primeira morte por Covid-19 no estado, a de um homem de 62 anos, morador de São Paulo, que tinha diabetes e hipertensão e sem histórico de viagem. Esse paciente começou a sentir os sintomas no dia 10 de março, foi internado no dia 14 e faleceu ontem.

Já o Hospital Albert Einstein em São Paulo informou nesta quarta-feira que até o início da manhã haviam 45 pessoas internadas com o novo coronavírus no hospital, sendo 21 deles confirmados e 24 suspeitos para Covid-19. Desse total de pacientes, sete estavam em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo informações das secretarias estaduais de Saúde, já são mais de 390 casos confirmados de novo coronavírus no Brasil em 20 estados e no Distrito Federal.

Goiás confirmou 12 casos do coronavírus, Bahia anunciou o 18° infectado, Pará e Tocantins confirmaram o seu primeiro caso no estado e o Rio de Janeiro confirmou que agora são 49 casos, Amazonas registrou o segundo caso, no Distrito Federal, são 34 casos, em Minas Gerais, o número chega a 19 confirmados.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, informou neste dia 18 que o resultado do seu segundo exame para detectar coronavírus deu positivo. Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o ministro de Minas e Energia, Bento Alburqueque, também testou positivo para o exame.

Tira dúvidas

O Ministério da Saúde disponibilizará um sistema de teleatendimento para a população para responder dúvidas e dar orientações sobre o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

“Deveremos ter uma ferramenta inovadora para que o brasileiro receba chamada e, ao manifestar o risco, o sistema manter o paciente monitorado. Além disso, empregaremos telemedicina de médico para médico”, anunciou Mandetta.

Atualmente, o ministério tem um mecanismo de fornecimento de informações pelo número 136. O ministro, contudo, não adiantou como o sistema de teleatendimento funcionará, o que deverá ser detalhado até o fim desta semana.

O ministro Mandetta também informou que os laboratórios centrais nas 27 unidades da federação foram capacitados para realizar os testes. E que agora não será necessário remeter amostras para outros estados, o que deve acelerar os resultados.

Diante das orientações da Organização Mundial da Saúde de testar todos os suspeitos, o ministro explicou os esforços para ampliar a estrutura de análise dos casos.

“Estamos trabalhando com produção máxima de kits [de teste]. Estamos nos preparando com as estruturas, uma da Fundação Oswaldo Cruz e outra no Paraná, e devemos chegar a 1 milhão de kits. Vamos abrir para outras estruturas produzir também. E se tiver possibilidade de aquisição, podemos adquirir também. Vamos trabalhar com kits para fazer diagnóstico em pacientes mais difíceis. Teremos teste de anticorpo para fazer na população geral”, declarou Mandetta.

Entre as medidas anunciadas pelo governo para reduzir o impacto da epidemia, com intuito de proteger os trabalhadores informais, as pessoas sem assistência social e a população que desistiu de procurar emprego, o governo distribuirá vouchers (cupons) por três meses.

Ibuprofeno

Nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde recomenda “o não uso” de ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidal (AINE) para pessoas com sintomas do novo coronavírus.

A orientação do ministério segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que desde ontem (17) indica medicações analgésicas, tais como paracetamol e dipirona.

Os anti-inflamatórios não esteroidal, como ibuprofeno, costumam ser utilizados em casos de dor, febre, inflamações e cólicas menstruais. Apesar de muito difundidos, autoridades sanitárias questionam a eficácia dos medicamentos.

Desde o ano passado, conforme noticiado pela Agência Brasil, a Agência Nacional de Segurança do Medicamento e dos Produtos de Saúde da França alerta que esse tipo de fármaco pode agravar infecções durante tratamentos.

A nota técnica também trata do uso de Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (IECA), prescritos para tratamento da hipertensão arterial, e dos Bloqueadores de Receptores de Angiotensina (BRA), usados no tratamento de insuficiência cardíaca, entre pacientes que tenham contraído a Covid-19.

Conforme o documento, em linha com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, não há “evidências definitivas” que esses medicamentos possam ser “fator de risco de gravidade” para pessoas com o novo coronavírus e que já sofram com hipertensão, insuficiência cardiáca e também diabetes. Dessa forma, a nota recomenda que “os pacientes não interrompam seus tratamentos de medicamentos IECA ou BRA, principalmente sem recomendação médica”.

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