Trump proíbe a entrada nos EUA a cidadãos de 12 países, incluindo Guiné Equatorial

Foto Pexels / Taryn Elliott

Donald Trump, proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 12 países, entre os quais a Guiné Equatorial, para “proteger” o país de “terroristas estrangeiros”, segundo um documento publicado pela Casa Branca na quarta-feira.

A proibição assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, que entra em vigor a 09 de junho, para além do Estado-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aplica-se ao Afeganistão, Birmânia, Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

Sete outros países estão sujeitos a restrições.

Esta proibição ou restrição à entrada nos Estados Unidos foi motivada pelo atentado no Colorado, declarou Donald Trump.

No domingo, um homem lançou engenhos incendiários contra os participantes numa marcha semanal no Colorado em apoio aos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, o presumível autor do ataque encontrava-se em território norte-americano “ilegalmente”.

Português

Já o  português Rui Murras, detido no final de março pelas autoridades de imigração norte-americanas, foi libertado e “ilibado de todas as acusações”, disse na terça-feira à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. 

Segundo José Cesário, Rui Murras “foi ilibado de todas as acusações na última audiência e saiu em liberdade”. 

Questionado pela Lusa sobre se o português já não enfrenta risco de deportação, o secretário de Estado confirmou: “Exato. É a informação que tenho”. 

Cesário não conseguiu indicar a data exata da audiência em que Rui Murras foi libertado. 

Rui Murras é um português de 32 anos, com autorização de residência permanente nos Estados Unidos – ‘Green Card’- e a viver em solo norte-americano desde os dois anos. 

Foi detido pelas autoridades de imigração norte-americanas ao regressar de umas férias ao exterior no final de março.

Nascido em Portugal, Murras viveu quase toda a sua vida em New Bedford, mas enfrentou a possibilidade de deportação para Portugal devido a problemas que teve com a Justiça norte-americana no passado. 

De acordo com o jornal local The New Bedford Light, o português chegou a ter problemas com a Justiça em 2012, quando foi “acusado de distribuir uma substância controlada de Classe D — tipicamente marijuana — e de conspiração para violar as leis de drogas”, sendo que a acusação de conspiração foi rejeitada por recomendação do departamento de liberdade condicional, em julho de 2013.   

Em 2017, Murras foi acusado de conduzir sob influência de álcool, mas o caso foi arquivado no ano seguinte, após concluir um programa de educação sobre álcool.  

A Lusa tentou entrar em contacto com a família de Murras, mas não obteve resposta. 

A residência permanente legal — concedida através do ‘Green Card’ — concede o direito de viver e trabalhar nos Estados Unidos por tempo indeterminado, mas não protege os indivíduos da deportação.   

Cerca de 12,8 milhões de portadores de ‘Green Card’ vivem nos Estados Unidos, de acordo com as últimas estimativas do Gabinete de Estatísticas de Segurança Interna.   

Desde que Donald Trump regressou à Presidência dos Estados Unidos, somam-se os casos de cidadãos detentores de ‘Green Card’ que estão detidos e em processo de deportação.   

O exemplo mais mediático é o de Mahmoud Khalil, um estudante da Universidade de Colúmbia que liderou protestos contra a guerra na Faixa de Gaza e que teve o seu ‘Green Card’ revogado e o processo de deportação iniciado. 

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