Sete vítimas portuguesas a bordo de avião que caiu da Air India

[Atualizado 17h]

O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu, em comunicado, que nenhum dos sete cidadãos portugueses que morreram no acidente aéreo de hoje na Índia “possui família a viver em Portugal”.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério “lamenta o trágico acidente e reitera sentidas condolências às famílias afetadas, em particular às dos sete nacionais portugueses que faleceram na sequência da queda do avião”.

“Até ao momento foi possível apurar que nenhum dos nacionais portugueses possui família a viver em Portugal”, salienta-se na nota, em que se acrescenta que, dos sete cidadãos com passaporte português, “cinco estão registados no consulado de Londres e dois em Manchester”.

“Neste momento os familiares estão a caminho das morgues para identificar os corpos”, adianta-se na nota, na qual se refere que não chegou ainda qualquer pedido de ajuda às autoridades portuguesas.

Os consulados de Portugal contactaram os familiares residentes no Reino Unido e disponibilizaram-se para qualquer apoio necessário e a Embaixada de Portugal na Índia “já manifestou disponibilidade para toda a assistência que venha a ser requerida”.

“A Embaixada de Portugal na Índia continua a acompanhar tudo em total coordenação com as autoridades indianas, a Air Índia e a Embaixada britânica na Índia”, conclui-se na nota.

O voo AI171 da Air Índia, que partiu de Ahmedabad para Londres Gatwick com mais de 200 passageiros a bordo, sofreu um acidente após a descolagem.

Entre os passageiros que seguiam no avião, 169 são cidadãos indianos, 53 britânicos, um canadiano e sete portugueses, de acordo com informações da companhia aérea.

Pela manhã, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, confirmou os sete passageiros portugueses que estavam a bordo do avião da Air India que caiu terão dupla nacionalidade.

“Estariam sete cidadãos com nacionalidade portuguesa a bordo. A informação que temos, estamos ainda a confirmar, é que são cidadãos com dupla nacionalidade”, indiana e portuguesa, referiu o responsável em declarações aos jornalistas, à saída de uma cerimónia sobre os 40 anos da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

As autoridades portuguesas consultaram a lista de passageiros e verificaram que “os nomes não são de origem portuguesa, são de dupla nacionalidade”.

Os passageiros, acrescentou Emídio Sousa, “estava a deslocar-se entre a Índia e Inglaterra e provavelmente até residiriam em permanência em Inglaterra”.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou profunda consternação pelo acidente aéreo, expressando votos de pesar e solidariedade para com os familiares das vítimas.

“Foi com profunda consternação que tomei conhecimento do trágico acidente de aviação na Índia, no qual seguiam sete cidadãos com nacionalidade portuguesa. Em meu nome e do Governo, quero expressar votos de pesar e profunda solidariedade para com os familiares das vítimas”, escreveu Luís Montenegro, na rede social X.

A companhia aérea informa também que criou uma linha direta dedicada aos passageiros, no número 1800 5691 444, para fornecer mais informações.

A Air India assegura que está a cooperar totalmente com as autoridades que estão a investigar o incidente.

A companhia aérea divulga mais informações através de atualizações regulares em (https://x.com/airindia) e no ‘site’ http://airindia.com.

O avião, um Boeing 787, que seguia para Londres, despenhou-se numa localidade perto do aeroporto de Ahmedabad, pouco depois de descolar, segundo a polícia.

No voo, que partiu de Ahmedabad às 13:38, seguiam 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, um canadiano e sete portugueses, de acordo com a Air India.

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