Presidente da SAF detalha procura por estádio e indica casa próxima para Série D

Foto divulgação/ Portuguesa

Da Redação com Netlusa.com.br

Com o prazo até final de março para definir a sua casa para a Série D do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa está praticamente certa com um estádio, segundo Alex Bourgeois, presidente da SAF, durante entrevista coletiva no último dia 27.

O executivo conversou por 1h30 com a imprensa e, entre os assuntos abordados, estava a escolha da casa temporária. O dirigente explicou como o processo de escolha tem sido feito e enfatizou que a procura sempre foi por um estádio com gramado sintético, a pedido da comissão técnica.

“Nós temos um pedido da comissão técnica de gramado sintético porque o time se adaptou bem e a gente percebeu ao longo do Paulistão que isso foi uma vantagem para a Portuguesa. Então nós queremos reproduzir isso ao longo da Série D. Preciso ter um estádio que tenha grama sintética”, contou Bourgeois.

Pacaembu – A Lusa disputou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil na Mercado Livre Arena Pacaembu, que surgiu como opção imediata após a despedida do Canindé, que passará por modernização. No entanto, os prejuízos de bilheteria, além do alto custo do local, desmotivaram a diretoria, que praticamente descartou o estádio.

“Nós tivemos uma reunião com o Pacaembu, ainda não está 100% descartado, existe uma possibilidade, mas precisamos ser eficientes. Não faz sentido a gente jogar para perder R$ 2 milhões (estimativa de prejuízo caso jogue a Série D no Pacaembu). Seria quase capricho jogar no Pacaembu porque eu quero, e vou enterrar R$ 2 milhões. Não é que estou pegando dinheiro de não sei quem. Sai do meu bolso, do meu e dos meus quatro sócios. Qual a perspectiva? Isso é prejuízo, não é dinheiro que vamos investir. A gente vai perder esse dinheiro no Pacaembu porque a torcida, infelizmente, não cobre o alto custo. Para eu conseguir cobrir esse custo, pela conta que fizemos, precisaria de 7 mil torcedores todos os jogos, e não vai ter”, explicou o presidente da SAF.

A Escolha – Sabendo da situação, a diretoria lusitana foi em busca de opções dentro da capital paulista e nas cidades adjacentes. Segundo Bourgeois, a Arena Barueri e o Estádio Municipal Prefeito Gabriel Marques da Silva, em Santana de Parnaíba, apareceram como as principais opções, mas acabou que o segundo citado levou vantagem e deve ser o escolhido.

“Analisamos todas as oportunidades em volta de São Paulo. Todas. Quando eu digo todas é todas mesmo, até a USP, mas o campo não é homologado pela Federação Paulista, então não dá. O Ibirapuera era nossa primeira opção, mas estão reformando e terá uma concessão. Aí analisamos outros lugares, alguns estádios não têm gramado sintético e sim grama, de péssima qualidade. Outros lugares que a gente viu não tem data, um exemplo a Fazendinha, mas disputam 150 jogos no ano. Fora que eu tenho problema, como um torcedor da Portuguesa. Não consigo entender que a torcida aceite que vamos jogar na casa de outros times. Olhamos algumas opções em volta de São Paulo, dentre elas, tinha Barueri, Santana de Parnaíba, Santo André, São Caetano, enfim, fizemos vistoria em todos, mas a maioria deles não tem condição, como Guarulhos, São Caetano, Santo André. Estou falando de condição mínima para o time empenhar aquilo que a gente quer que empenhe. Com isso, sobrou Barueri e Santana de Parnaíba, mas Barueri, na nossa visão, seria um Pacaembu 2.0, um estádio grande, para 30 mil pessoas, e também vai ter problemas de datas com o Palmeiras”, detalhou o executivo.

Santana de Parnaíba, segundo o dirigente, apesar de ser longe, há uma facilidade e melhor aceitação para a Lusa trabalhar como quiser. “A chave será entregue em nossas mãos. A gente analisou. Tem gramado sintético bom e é uma arena de 7 mil lugares, então se colocar 1.500 ou 2 mil torcedores é um caldeirão, por ser pequeno. Os jogos serão aos sábados, então não tem trânsito. Eu fiz pessoalmente o teste de carro para todos os lugares. Vai ter ônibus para a torcida, vamos organizar a questão de estacionamento, a ida para Santana. Vamos tentar fazer o melhor possível. Nós estamos hoje com essas duas opções na mesa. Ainda temos esperança do Pacaembu em função de uma coisa acontecer, o que mudaria tudo, mas [o prazo é curto para definir] e Santana está muito bem encaminhado”, explicou.

Mudança em Aberto – Por outro lado, mesmo que a escolha por Santana de Parnaíba seja concretizada, nada impede que a Portuguesa possa mandar partidas no Pacaembu futuramente, até mesmo na própria Série D. Alex Bourgeois condicionou isso à possibilidade de ter jogos de alto apelo de público.

“Se a gente jogar em Santana de Parnaíba, não quer dizer que vamos continuar lá para o resto da vida. Temos três anos pela frente. Se a gente tem um jogo importante, que a gente acha realmente que vai lotar, ter 15, 20 mil pessoas, é óbvio que vamos para um Pacaembu da vida. Não tem a menor dificuldade. Não tem problema. Inclusive, de repente, o mata-mata podemos fazer no Pacaembu. De repente o Paulistão a gente faz no Pacaembu. Não sou muito adepto de perder dinheiro, tenho uma relação péssima com perder, não gosto de perder nada”, disse.

“Se você olha para o Pacaembu e vê que vai custar tanto, mas vou sair no 0 a 0, beleza, porque vai ter 7 mil pessoas em jogo importante, mas outro problema que temos no Pacaembu é que nunca foi nossa casa. Nunca me senti em casa lá. Não controlamos nada. Tudo são eles que fazem, do jeito deles, e não é o que faríamos para a nossa torcida. Em Santana de Parnaíba vamos poder fazer isso, inclusive, várias ações que a gente poderá fazer lá que não conseguimos fazer no Pacaembu. Fora outras coisas. Mas não é que está descartado para sempre”, completou o presidente da SAF.

Com a sua casa praticamente definida, a Lusa segue em preparação para a Série D. A estreia deverá ser no dia 14 de abril, ainda sem horário definido, contra o Boavista-RJ, fora de casa. O primeiro compromisso como mandante será na segunda rodada, contra o Maricá-RJ.

++ Mais
Ex-meia da Portuguesa, Leandro Domingues morre aos 41 anos

 
O ex-jogador Leandro Domingues, que defendeu a Portuguesa em 2017, morreu neste dia 01 de abril, aos 41 anos. O meio-campista lutava contra um câncer no testículo desde 2022.

Leandro iniciou sua carreira no Vitória, onde chegou em 1995 e subiu ao profissional em 2001, permanecendo até 2006. Pelo clube baiano, conquistou quatro títulos estaduais antes de se transferir para o Cruzeiro em 2008, onde disputou 42 partidas, marcou 11 gols e faturou o Campeonato Mineiro.

Em 2017, o jogador vestiu a camisa da Portuguesa nas disputas da Série A2 do Paulista e da Série D do Brasileiro, registrando 13 partidas e quatro gols, e ajudou o clube do Canindé a permanecer na segunda divisão estadual.

Pelas redes sociais, a Portuguesa lamentou a morte do ex-jogador. Confira na íntegra: A Portuguesa SAF lamenta a morte do ex-jogador Leandro Domingues, confirmada na noite desta terça-feira (01). Meia habilidoso, ele vestiu a nossa camisa em 2017, entrando em campo em 13 oportunidades e marcando quatro gols. Nos solidarizamos com a família e amigos de Leandro.

1 comentário em “Presidente da SAF detalha procura por estádio e indica casa próxima para Série D”

  1. Fernando Lopes Gonçalves

    Gostaria muito de continuar jogando no pacaembu, mas a saf esta certa. Futebol tem que ser feito com responsabilidade, vimos o que aconteceu com o amadorismo que mos levou a quase falencia….

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também