Ingleses Manchester City e Chelsea decidem a Liga dos Campeões no Porto

Da redação com Lusa

O Manchester City, na primeira final, e o Chelsea, em busca de repetir o título de 2011/12, na terceira presença, disputam neste sábado a final da Liga dos Campeões em futebol, no Estádio do Dragão, no Porto.

A terceira final 100% inglesa da história da prova terá cerca de 16.500 espetadores no campo dos ‘azuis e brancos’, depois da ‘porta fechada’ há um ano, no Estádio da Luz, em Lisboa, no triunfo por 1-0 do Bayern Munique sobre o Paris Saint-Germain.

Portugal ‘revalida’ a final – algo inédito na prova -, para a qual a equipa comandada pelo espanhol Pep Guardiola e na qual alinham os internacionais lusos Rúben Dias, Bernardo Silva e João Cancelo parte como favorita, depois de uma época em que já venceu a Premier League e a Taça da Liga inglesa.

Na quinta temporada nos ‘citizens’, Guardiola, que venceu as duas finais disputadas pelo FC Barcelona, curiosamente com o Manchester United (2-0 em 2008/09 e 3-1 em 2010/11), está a um passo de concretizar o objetivo para o qual foi contratado.

Por seu lado, o Chelsea tem a derradeira hipótese para alcançar um troféu em 2020/21, na segunda final, após ter perdido para o Leicester (0-1) a da Taça de Inglaterra, prova em que, nas meias-finais, afastou os ‘citizens’, com um 1-0 em Wembley.

A equipa londrina é liderada pelo alemão Thomas Thuchel, que só chegou em janeiro, para substituir Frank Lampard: procura ‘emendar’ o desaire de 2019/20, pelo PSG, e repetir o que fez o italiano Roberto Di Matteo quando entrou para o lugar do português André-Villas Boas a meio da época 2011/12.

O Chelsea não parte como favorito, mas também não o era quando conquistou o seu único título, há nove anos, com um triunfo por 4-3 nos penáltis face ao Bayern Munique, que atuava em casa e adiantou-se aos 83 minutos, por Müller. Drogba empatou aos 88.

Antes, em 2007/08, o Chelsea tinha perdido a primeira final 100% inglesa face ao Manchester United, de Cristiano Ronaldo e Nani, também nos penáltis (5-6, após 1-1 nos 120 minutos). Na segunda entre ingleses, em 2018/19, o Liverpool bateu o Tottenham por 2-0.

O Estádio do Dragão será palco da quarta final da principal prova europeia em solo luso, depois de uma no Estádio Nacional (vitória do Celtic sobre o Inter, em 1965/66) e duas no Estádio da Luz (triunfos do Real Madrid sobre o Atlético de Madrid, em 2014, e do Bayern Munique face ao Paris SG, sem público, em 2020).

A final da edição 2020/21 da Liga dos Campeões, entre os ingleses de Manchester City e Chelsea, começa às 20:00 (horário de Portugal), no Estádio do Dragão, no Porto, com um terço da lotação e arbitragem do espanhol Mateu Lahoz.

Segurança

Os adeptos do Chelsea vão poder assistir, no sábado, à final da Liga dos Campeões na Avenida dos Aliados, e os do Manchester City na Alfândega do Porto, mas necessitam de apresentar um teste negativo ao novo coronavírus.

Nesses locais, exclusivos para os adeptos dos dois clubes, o encontro vai ser transmitido em ecrãs gigantes e pode ser consumida cerveja em copo de plástico, de acordo com as indicações dadas hoje em conferência de imprensa conjunta do Comando Metropolitano do Porto da PSP, a Federação Portuguesa de Futebol, a Câmara Municipal do Porto e o superintendente da Polícia Metropolitana de Londres que tem auxiliado as autoridades portuguesas, Lysander Strong.

“Serão criados duas ‘fan meeting points’, sendo na Alfândega a zona destinada a adeptos do Manchester City, e na Avenida dos Aliados destinada aos adeptos do Chelsea, não sendo permitida a mistura de adeptos. As ‘fan meeting points’ serão vedadas, de acesso controlado e restrito aos adeptos dos respetivos clubes, não sendo, temporariamente, consideradas via pública ou espaços de acesso público”, apontou a comandante do Comando Metropolitano do Porto, Paula Peneda.

Todos adeptos que pretenderem aceder a esses locais “serão submetidos a uma revista pessoal sumária”, tal como nas entradas dos estádios, e terão de apresentar um teste PCR ou antígeno negativo.

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto defendeu que a final da Liga de Campeões em futebol tem “muito mais aspectos positivos” e que episódios com adeptos são “mais de ordem pública” que de saúde pública.

“As opções, como tudo na vida, têm os seus aspetos positivos, e eu vejo muitos nesta opção, e evidentemente também sabíamos que, do ponto de vista da ordem pública, estes eventos trazem sempre algumas questões”, disse à agência Lusa João Paulo Rebelo.

O governante centrou-se “mais no lado positivo” de Portugal receber a final da Liga e que passa pelos “milhões de pessoas por todo o mundo que vão estar a ver um jogo de futebol e a associar um país a esse jogo”.

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