Web Summit já é sucesso e Primeiro-ministro apresenta um Portugal aberto aos negócios e inovação

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Mundo Lusíada
Com agencias

“Portugal é um país dinâmico, aberto ao progresso, à inovação e aos negócios.” O primeiro-ministro português, António Costa, dessa forma deu boas-vindas aos 53 mil participantes do Web Summit, em Portugal.

A Web Summit é um dos maiores eventos mundiais na área das novas tecnologias e o maior da área realizado em Portugal. 53 mil participantes, de 167 países e mais de 20 mil empresas, estão até quinta-feira em Lisboa, “a capital mundial do empreendedorismo”, destacou Antonio Costa.

O primeiro-ministro apresentou na sessão de abertura Portugal como um país aberto ao exterior, à inovação e aos negócios, dizendo ser objetivo central do seu Governo criar um “ecossistema” favorável ao investimento. “A troca de ideias que vai ter lugar aqui em Lisboa contribuirá certamente para reforçar o espírito empreendedor e para melhorar as condições para investir e criar empresas em Portugal”, disse.

António Costa surgiu no palco do pavilhão Atlântico logo após o presidente executivo da Web Summit ter aberto os trabalhos. Nas suas primeiras palavras, proferidas em inglês, o primeiro-ministro deu as boas-vindas a todos os participantes. “Queremos aproveitar a WebSummit, não só para afirmar Portugal como a localização para empreender e investir, mas também para desenvolvermos as nossas políticas públicas de apoio ao empreendedorismo”.

Também o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, elogiou o evento. “A Web Summit está a ser um sucesso. Creio que será muito importante para trazer um impulso económico” ao país disse Caldeira Cabral, ao Economia ao Minuto. “Ontem estive com 700 empresários e todos estão muito contentes com a receção e estão a gostar muito de Portugal”.

O jornal ainda relata incidentes no primeiro dia da Web Summit, como várias pessoas com bilhete que tiveram de ficar à porta, falhas na rede Wi-Fi, e uma afluência acima do normal no Metro de Lisboa, o que obrigou a “esforços nos picos horários”, segundo Francisco Sousa Soares, presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa.

Balanço “extraordinariamente positivo”
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, fez um balanço “extraordinariamente positivo” da Web Summit. “O balanço é extraordinariamente positivo”, afirmou à Lusa Miguel Frasquilho, à margem da sua intervenção num dos painéis da maior cimeira de tecnologia e empreendedorismo da Europa.

“Portugal está no centro do mundo e isso não é mensurável”, disse, salientando que além do impacto, que “pode ser à volta dos 200 milhões de euros (impacto direto dos mais de 50.000 participantes)”, existe ainda “tudo o que fica”, ou seja, “os contatos, as intenções de investimento, o financiamento que vai ser levantado pelas ‘startups’ portuguesas e estrangeiras ou a criação de emprego que daqui pode resultar”.

Tudo isto, explicou o presidente da AICEP, vai resultar num “Portugal antes da Web Summit e um Portugal depois”, um “processo que se iniciou agora”, uma vez que a cimeira tecnológica irá realizar-se mais dois anos em Lisboa, com possibilidade de outros dois.

A AICEP esteve desde o início nas negociações para trazer o evento de Dublin para Portugal. Segundo Miguel Frasquilho, Lisboa demonstrou que “tem condições para receber” o evento, o “‘wifi’ [acesso à Internet sem fios] ainda não falhou, apesar daquele episódio” na segunda-feira [que a Web Summit explicou ter-se tratado de um problema técnico] e “até o tempo de São Martinho ajudou”.

Na sua intervenção na conferência, Miguel Frasquilho disse que as ‘startups’ portuguesas iniciam os seus projetos em inglês. “A ambição de qualquer ‘startup’ hoje em dia em Portugal é ser global e a língua franca dos negócios é o inglês e isso é ajudado pela dimensão do mercado” português.

O mercado interno é limitado, com 10,5 milhões de consumidores, o que é uma vantagem porque as ‘startups’ avançam já com a intenção de serem globais, prosseguiu.

“Pensam globalmente porque o mercado interno a isso ajuda, se for à Alemanha, França, Itália ou Espanha, com mercados internos enormes, há uma tentação dos empreendedores começarem o projeto na sua língua mãe, o que pode trazer dificuldades quando pretendem tornar-se globais, no nosso caso isso não acontece”, apontou Frasquilho.

Para o presidente da AICEP, as ‘startups’ portuguesas “comparam excelentemente” com as de outros países europeus. “Portugal está a dar cartas neste sentido”, concluiu.

Câmara aberta aos empreendedores
A Câmara de Lisboa anunciou que vai ter os Paços do Concelho abertos na quarta-feira à noite, até às 24:00, para os empreendedores da cidade que não têm oportunidade de participar na conferência global de tecnologia Web Summit.

“Aproveitando um bocadinho as iniciativas que estão a haver na cidade, e tentando conectar os locais – as pessoas que já estão cá e que não têm oportunidade de ir à Web Summit e as pessoas que já têm empresas aqui sediadas -, nós vamos tentar reuni-los todos numa noite aberta nos Paços do Concelho e tentar que conectem com todos aquele que vêm”, disse à agência Lusa Hélio Anjos, que na Câmara de Lisboa trabalha nas áreas das ‘startup’ e da inovação.

Será o City Hall Night Summit e servirá para “aproveitar toda esta boa ‘vibe’ que existe” na cidade, que será dinamizada no local com a presença de ‘street food’ (comida de rua), música ao vivo e outras iniciativas.

“Apesar de estarmos muito ligados ao evento, notamos que, mesmo assim, o evento em si para as pessoas ainda está um bocadinho distante”, admitiu Hélio Anjos. A incubadora de empresas apoiada pelo município, Startup Lisboa, também está a organizar este tipo de iniciativas, até quinta-feira, tendo os seus espaços abertos até às 04:00 para os empreendedores que ali queiram conviver e procurar aconselhamento.

Hélio Anjos adiantou que no antigo edifício do BPI na Praça do Município haverá uma exposição com os projetos vencedores do concurso Smart Open Lisboa, com ideias que visam trazer melhorias à cidade em áreas como a sustentabilidade ambiental e a energia.

Paralelamente, haverá, na quarta-feira ao final do dia, um “evento muito limitado”, que visa reunir “os principais portugueses da diáspora […] para falarem um bocadinho sobre o que é isto de estar fora e em que é que Lisboa pode melhorar”.

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