Portugal é o 7º país da UE com menor produtividade por hora de trabalho

Da Redação
Com Lusa

Portugal é o sétimo país da União Europeia com menor produtividade por hora de trabalho, divulgou a Pordata, num retrato ao tecido empresarial do país, a propósito do Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

“Em termos de produtividade por hora de trabalho, face à média da UE27 (=100), Portugal é um dos países com menor produtividade (65% da média da UE27)”, revelou a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que analisou dados de 2018.

Por outro lado, Irlanda, Luxemburgo e Dinamarca estão no topo da lista dos que geram mais riqueza por hora trabalhada.

A Pordata concluiu também que, em média, as PME gastam cerca de 1.000 euros mensais por trabalhador, metade do custo mensal de uma grande empresa, que gasta cerca de 2.000 euros mensais por trabalhador.

Entre 2008 e 2018, os gastos das grandes empresas com o pessoal decresceram 9% (a preços constantes), acrescenta o documento.

Em termos de setores, os gastos médios por trabalhador são maiores nas atividades financeiras (quase 3.400 euros mensais), transportes e armazenagem, indústrias extrativas e na eletricidade, gás e água (cada um com cerca de 2.000 euros mensais).

Com cerca de 800 euros de gastos mensais com cada trabalhador estão os setores das atividades de saúde e apoio social, o alojamento e restauração e as atividades imobiliárias.

A educação gasta, em média, cerca de 700 euros, e a agricultura e pescas menos de 500 euros mensais, sendo o setor que mais viu decrescer os gastos com pessoal entre 2008 e 2018.

Dimensão média

As empresas portuguesas têm a dimensão média mais baixa da União Europeia, a par da Eslováquia, com 3,4 pessoas, segundo a Pordata.

Numa análise ao tecido empresarial português, com dados até 2018, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos concluiu que Portugal tem a dimensão média das empresas mais baixa da União Europeia, com 3,4 pessoas, tal como a Eslováquia, enquanto Alemanha e Luxemburgo têm a média mais alta, de pelo menos 10 pessoas.

De acordo com a Pordata, em 2018, as PME representavam 99,9% das empresas em Portugal e empregava, 78% do pessoal ao serviço.

Aquelas empresas foram ainda responsáveis por 56% do volume de negócios do total das empresas e 60% da riqueza (valor acrescentado bruto) criada no país.

Quanto ao nascimento e morte de empresas, em 2017, Portugal ocupava o segundo lugar no ‘ranking’ europeu da taxa de natalidade, com 16 empresas criadas por cada 100 existentes, e o terceiro na taxa de mortalidade, com 14 empresas extintas por cada 100 existentes.

Isto significa que por cada empresa que encerra, é criada uma nova.

Já em relação ao crédito bancário, os montantes dos empréstimos concedidos às empresas são hoje menos de metade dos valores concedidos entre 2003 e 2005, refere a Pordata.

Desde 2015 que mais de metade dos montantes dos empréstimos são iguais ou inferiores a um milhão de euros.

Em 2018, mais de um quinto das empresas (21%) tinham crédito malparado (menos 10 pontos percentuais que em 2014, ano com maior percentagem de empresas com crédito malparado desde 2002).

Do montante dos empréstimos concedidos, 9% estava em incumprimento em 2018.

Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas de 06 de abril de 2017, o Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas assinala-se, anualmente, em 27 de junho, com o objetivo de evidenciar a importância dos pequenos negócios nas economias locais e global.

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