Da Redação com Lusa
A Diocese do Porto tem já mais de 500 famílias disponíveis para acolherem jovens que participem em agosto na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, com a presença do Papa Francisco, mas precisa de “muitas mais”.
Segundo Marta Esteves, do gabinete de comunicação do Comité Organizador Diocesano (COD) para a JMJ no Porto, revelou que o número de famílias voluntárias tem vindo a aumentar “muito rapidamente”, mas são “precisas muitas mais” do que as mais de 500 já inscritas.
A data limite para as famílias se inscreverem termina a 15 de maio porque se não houver famílias suficientes será necessário arranjar espaços públicos para acolher os jovens, desde escolas a centros sociais ou paroquiais, contou.
Contudo, acrescentou Marta Esteves, se depois dessa data surgirem mais famílias voluntárias as mesmas serão aceites, porque o objetivo da Diocese do Porto passa por não fechar a porta a ninguém.
“Mas, queremos muito que os peregrinos tenham a experiência de estar em família e que as famílias tenham a experiência de acolher peregrinos, por isso, a nossa aposta é nas famílias de acolhimento”, disse.
Daí a aposta na divulgação e no apelo à inscrição de famílias nas redes sociais e junto das vigararias, frisou.
Os requisitos para ser família de acolhimento passam por ter dois metros quadrados de chão para o peregrino estender o saco cama e local para higiene pessoal, dar duas refeições por dia (pequeno-almoço e jantar) e, se possível, disponibilidade para levar o peregrino pela manhã à paróquia onde decorre a atividade do dia, especificou.
Marta Esteves explicou que querem muitas famílias porque o Porto quer e prevê acolher muitos peregrinos internacionais. Ao contrário de outras dioceses, a do Porto decidiu não balizar e abrir as portas a todos aqueles que queiram vir, explicou.
O “sonho” passa por acolher 100 mil peregrinos, mas a expectativa é que o número se cifre entre os 50 e 70 mil, adiantou.
Atualmente, esta diocese já tem 10 mil jovens inscritos e mais de 20 mil já iniciaram o processo de inscrição, salientou.
Questionada sobre a nacionalidade dos jovens inscritos, Marta Esteves realçou que são de “todo o mundo”, desde a Indonésia, Japão, Alemanha, Itália, França, Polônia, Reino Unido, Brasil, Colômbia e Argentina.
Além disso, existe ainda um contacto para acolher peregrinos dos Estados Unidos da América.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimônias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, e na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.