Eleições: Cabo Verde em segundo turno dia 21 de agosto

Aristides Lima candidato às presidenciais de Cabo Verde reconhece derrota Manuel Inocêncio disse acreditar quer na segunda volta terá o apoio de todos os apoiantes do PAICV.

Da Redação
Com Portugal Digital

Aristides Lima, candidato a Presidente de Cabo Verde nas eleições de domingo, admitiu, em 8 de agosto, a derrota e deu por concluído o caminho que lhe deu 26,2% dos votos.

Jorge Carlos Fonseca, candidato do MpD, partido da oposição, ficou com 37.1% dos votos, e Manuel Inocêncio de Sousa, o candidato do PAICV, partido no poder, obteve 33,9%. Joaquim Monteiro, independente, conseguiu 2%. Fonseca e Inocêncio irão disputar a eleição no segundo turno no dia 21 de Agosto.

“A minha candidatura a estas eleições chegou ao fim. As batalhas a favor do nosso país e do nosso povo não. Quero apelar a todos os apoiantes e amigos que querem fortalecer o papel dos cidadãos e das organizações da sociedade civil para que continuem sempre, e em todas as circunstâncias, a exercer plenamente a soberania do seu pensamento e a liberdade da escolha em relação ao futuro do nosso país”, disse Aristides Lima na sede de candidatura.

Segundo o ex-candidato, parlamentar do PAICV, partido no poder, o fato da sua candidatura, “que não contou com o apoio oficial dos principais partidos”, ter alcançado 25% dos votos “contra ventos e mares de intolerância, desinformação e estigmatização, indica que está a acontecer uma mudança tranquila na sociedade cabo-verdiana em prol da afirmação da cidadania”.

Aristides Lima não disse se vai apoiar, no segundo turno, no dia 21 de Agosto, Manuel Inocêncio, candidato apoiado pelo PAICV. Inocêncio irá disputar as presidenciais com Jorge Fonseca, do MpD, principal partido da oposição e que, no primeiro turno, foi o candidato mais votado.

Nos resultados parciais divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, Jorge Carlos Fonseca ficou com 37.1% dos votos enquanto Manuel Inocêncio de Sousa obteve 33,9%.

Manuel Inocêncio disse acreditar quer terá o apoio de todos os apoiantes do PAICV. “Todos os militantes do PAICV estão conscientes do seu papel e vão participar com sabedoria nas próximas eleições, votando para o candidato apoiado pelo partido”, disse.

Segundo o analista politico, Ludgero Correia, citado pela agência Angop, a segunda volta era uma situação previsível , porque “o PAICV está fracionado” e houve dispersão de votos.

A situação de Jorge Carlos Fonseca é bem diferente, explicou o analista, pois os militantes do MPD são fiéis e não houve dispersão de votos, mas uma concentração num único objetivo que é vencer essas presidenciais.

As abstenções rondaram 47.7% quando estavam apuradas 1006 mesas faltando apenas 104 por apurar.

Segundo a CNE, no círculo nacional a abstenção foi 48.8% enquanto na emigração a percentagem de abstenção ficou em 32.1%.

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