Movimento associativo na diáspora diminuiu um terço e precisa de apoio – Conselho

Da Redação com Lusa

O Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) alertou para a necessidade de o movimento associativo na diáspora ser apoiado, perante a diminuição de quase um terço das associações nos últimos tempos, para a qual contribuiu a pandemia de covid-19.

Fernando Campos Topa, emigrante português na Venezuela, falava na cerimônia de encerramento da reunião das comissões temáticas do CCP, que se realizou segunda-feira e terça-feira, na qual estiveram representadas cerca de duas dezenas de elementos dos países com maior número de portugueses ou lusodescendentes residentes.

Na conferência que se realizou no Ministério dos Negócios estrangeiros, em Lisboa, este elemento do CCP alertou para as dificuldades que estas associações têm atravessado, nomeadamente durante o confinamento imposto pela pandemia de covid-19, que impôs o cancelamento de muitas atividades.

Para atenuar este impacto, Fernando Campos Topa defendeu a formação de líderes associativos nos países de acolhimento, para ajudar as comunidades a estarem informados, nomeadamente sobre as leis em vigor nesses países.

“Está em causa a continuidade destas associações, que passaram de cerca de 3.000 para 2.000. É preciso analisar muito bem o que se está a passar”, disse.

E defendeu: “São mil associações que desapareceram. Temos de envolver os emigrantes de segunda, terceira e quarta geração nestes movimentos”.

Por seu lado, o presidente do CCP, Flávio Martins, enalteceu a diversidade de Portugal, classificando-a como a sua “grandeza”, sublinhando a importância dos contributos destes encontros do CCP.

Presente no encerramento do encontro, tal como na abertura, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, reiterou a importância do movimento associativo na diáspora e sublinhou o contributo do CCP.

A este propósito, afirmou que é prioridade do seu mandato “valorizar o Conselho” das Comunidades Portuguesas, defendendo que a melhor forma de o fazer é “depois do diálogo e da negociação passar aos compromissos”.

“Precisamos de dar passos para a valorização do CCP. Há questões fáceis, e que irão seguramente ser concretizadas, e outras que dependem de outras pastas e eu comprometo-me a influenciar os meus colegas [do Governo] nesse sentido”, disse.

Na altura, Flávio Martins, salientou que os eleitores recenseados residentes no estrangeiro são 1,5 milhões e, em consequência, estes cidadãos nacionais têm de possuir maior peso nas decisões políticas.

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