Surto de legionella provoca duas mortes em Portugal

Da Redação
Com Lusa

O surto de infecção com a bactéria ‘legionella’ no hospital São Francisco Xavier provocou duas mortes, um homem de 77 anos e uma mulher de 70 anos, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A origem do surto foi identificada na rede de água do hospital, que já foi submetida a intervenções – choque térmico e choque químico – para eliminar a bactéria ‘Legionella pneumophila’, que provoca uma infecção respiratória.

O Presidente português deslocou-se na última noite ao Hospital de S. Francisco Xavier para se informar sobre os casos de legionella surgidos nos últimos dias, ainda antes das mortes agora anunciadas.

Recebido pela Diretora-geral de Saúde e pelos principais dirigentes daquele estabelecimento hospitalar, foi exposto a Marcelo Rebelo de Souza todo o trabalho desenvolvido no acompanhamento dos pacientes, a dedicação e competência dos profissionais envolvidos para enfrentar os referidos casos.

Esclarecimentos

A líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, exigiu hoje “esclarecimentos o mais breve possível a toda a população” sobre o surto. “Estamos a acompanhar com preocupação [a situação]. Está a ser investigada a origem do surto. Têm de ser dados esclarecimentos o mais breve possível a toda a população e tem de se resolver o problema”, disse a coordenadora do BE.

Foram diagnosticadas desde 31 de outubro 26 pessoas infectadas com doença dos legionários, conhecida também por ‘legionella’, relacionadas com o hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Dos 26 casos diagnosticados, um doente encontra-se numa unidade de saúde privada, outro teve alta, um terceiro está no Hospital Pulido Valente, dois na unidade de cuidados intensivos do hospital São Francisco Xavier e os restantes encontram-se internados no hospital Egas Moniz.

No domingo, o ministro da Saúde deu duas semanas à Direção-Geral de Saúde e ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge para que “habilitem o Governo com um relatório detalhado, que seja do conhecimento público”, para apurar a forma como as coisas correram.

Oo ministro da Saúde admitiu que “alguma coisa correu mal” no caso do surto de “legionella” no Hospital em Lisboa, apesar de ter confiança de que “as melhores práticas foram seguidas”. “Tendo sido seguidas as melhores práticas, alguma coisa correu mal. A mim, o que me incumbe enquanto responsável político é perceber que – pela evidência dos relatos, pela primeira aproximação aos fatos, o que foi dito e visto é que todos os procedimentos foram seguidos de acordo com as melhores práticas – ainda assim alguma coisa correu mal”, disse Adalberto Campos Fernandes.

No final dos relatórios, disse, o Governo estará “para apurar se alguma coisa correu mal ou não”.

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