Portugal continua a perder população mas imigrantes atenuam quebra

Da Redação
Com Lusa

Portugal continuou a perder população no ano passado, embora a um ritmo inferior a dos anos anteriores, de acordo com estimativas do INE, divulgadas em 15 de junho, que apontam para um total de 10.291.027 residentes, menos 18.546 face a 2016.

O resultado traduz-se numa taxa de crescimento negativa de 0,18%, “mantendo-se a tendência de decréscimo populacional, ainda que atenuado”, em relação aos anos anteriores, especialmente os últimos quatro anos, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) no documento.

O instituto atribui o abrandamento do decréscimo populacional à passagem do saldo migratório para valores positivos (+4.886), após seis anos de crescimento negativo.

O saldo migratório obtém-se a partir da diferença entre as pessoas que entraram no país e as que saíram. Os dados mostram, assim, que o número de imigrantes superou (em 4.886) o número de pessoas que emigraram, contrariando a tendência dos últimos anos.

“É necessário remontar a 2010 para encontrar um saldo migratório positivo”, disse à agência Lusa fonte do INE.

O saldo natural (óbitos e nascimentos) manteve-se negativo (-23.432), próximo do verificado em 2016 (-23.409).

O envelhecimento demográfico continua a acentuar-se, de acordo com as estimativas da população residente em Portugal.

Comparativamente a 2016, a população com menos de 15 anos diminuiu para 1.425.896 (-18.520), enquanto a população com 65 anos ou mais aumentou para 2.213.274 pessoas (+36.634), representando, respetivamente, 13,8% e 21,5% da população total.

Também a população mais idosa (idade igual ou superior a 85 anos) aumentou, estimando em 297.538 pessoas (+11.922).

A idade média da população residente em Portugal em 2017 situou-se em 44,2 anos, tendo aumentado cerca de 3,1 nos últimos 10 anos.

Em 2080

Portugal perderá população até 2080, passando dos atuais 10,3 milhões para 7,7 milhões de residentes, ficando abaixo dos 10 milhões já em 2033, de acordo com as estimativas.

“No futuro, mantém-se o declínio populacional e o agravamento do envelhecimento demográfico”, antevê o INE.

O número de jovens diminuirá de 1,4 milhões para 900.000, segundo a mesma fonte.

Já o número de idosos deverá aumentar de 2,2 milhões para 2,8 milhões.

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