Nos 118 anos do Centro Cultural Português, orador destaca parceria Brasil Portugal na aviação

A mesa foi composta por Adalto Correia, Alberto Tavares Barreiros, presidente do Conselho Deliberativo, Reinaldo Tavares Brandão, ex-presidente da Sociedade União Portuguesa, Ernesto Vieira da Silva, ex-presidente do Centro Português de Santos, José Rodrigues Liberato, ex-presidente da Sociedade União Portuguesa, e o reitor da Unimonte, Ozires Silva, que foi o orador oficial da solenidade.
A mesa foi composta por Adalto Correia, Alberto Tavares Barreiros, presidente do Conselho Deliberativo, Reinaldo Tavares Brandão, ex-presidente da Sociedade União Portuguesa, Ernesto Vieira da Silva, ex-presidente do Centro Português de Santos, José Rodrigues Liberato, ex-presidente da Sociedade União Portuguesa, e o reitor da Unimonte, Ozires Silva, que foi o orador oficial da solenidade.

Por Odair Sene

Em solenidade no Centro Cultural Português de Santos, foi comemorado nada menos que 118 anos de fundação dessa que é uma das mais importantes entidades da baixada. O reitor da Universidade “Unimonte”, Ozires Silva, foi o orador. Na abertura do evento, o coral do Centro Cultural Português cantou o hino do Brasil e de Portugal.

O presidente da entidade José Duarte presidiu a solenidade comandada no protocolo pelo diretor José Octavio de Sousa. O cônsul honorário de Portugal em Santos, Armênio Mendes, presente no início, teve que se ausentar por compromissos. Além do orador falaram ao microfone o presidente José Duarte e ainda o cônsul Armênio Mendes.

Ao Mundo Lusíada, José Duarte falou sobre a comemoração: “Devido ao 1º de dezembro ser feriado em Portugal, Dia da Restauração de Portugal em que esteve debaixo do domínio espanhol, coincidiu com a data. E também tivemos a coincidência de juntarmos os 100 anos da Sociedade União Portuguesa que ocorreu em outubro. Como já não existe mais a Sociedade União Portuguesa e o Centro Português de Santos, fizemos uma homenagem justíssima aos ex-presidentes que estiveram presentes, a estes homens abnegados que estiveram à frente das entidades, agora fundidas como Centro Cultural Português de Santos”, disse.

Ao Mundo Lusíada, o orador Ozires Silva (que é neto de português) falou sobre Portugal como “a nossa origem”. “Haver uma comunidade tão ativa aqui em Santos é um privilégio. Por outro lado, mencionei na minha área de atuação a fabricação de aviões, a própria Embraer está hoje investindo bastante em Portugal. “Eu fico contente de estar aqui nos primeiros 118 anos dessa entidade, e desejo que ela caminhe depressa para os 200 anos”, falou.

Cultura e aviação

Ozires Silva falou durante o seu discurso sobre a valorização da formação cultural dos jovens e lembrou que a região da baixada santista com 2 milhões e meio de habitantes ainda não conta com um aeroporto próprio, mas ainda este mês de dezembro seria (será) assinado um protocolo para construção de um aeroporto na região, uma iniciativa da prefeitura do Guarujá que fecha contrato com a FAB – Força Aérea Brasileira.

Ozires, que também é ex-piloto da FAB, contou as dificuldades que teve quando tentou lançar um avião comercial de pequeno porte no mercado nacional, falou sobre a criação da Embraer sendo ele o primeiro presidente e onde ficou por 20 anos no comando.

A intensão foi enfatizar a importância do jovem empreendedor, para os que querem criar algo novo, o que é uma tarefa muito mais difícil no Brasil do que na França ou Estados Unidos, por exemplo.

Lembrou que Portugal criou sua primeira indústria aeronáutica em 1918, uma empresa governamental, depois a Embraer comprou 65% das ações da OGMA (hoje OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal), com sede em Alverca (norte de Lisboa) e que mantém projetos com a empresa brasileira.

“Muitos portugueses estão trabalhando conosco em São José dos Campos, fazendo com que este intercâmbio e estas duas nações tenham todas as condições de florescer muito mais do que está acontecendo agora”, disse defendendo que através desse processo de inovação e criação é possível construir um mundo “extraordinariamente melhor, porém, será necessário aprimorar o processo educacional de maneira bastante intensa em prol dos jovens. A competência dada pela educação não tem fronteiras”, referiu.

Ozires ainda citou a importância da abertura de mercado, e finalizou acreditando que as pessoas devem continuar com o processo associativo para construir um país muito melhor para os filhos e netos descendentes.

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