No quinto encontro, Conselho da Diáspora se reúne em Cascais para debater liderança e cibersegurança

Mundo Lusíada
Com Lusa

Portugueses destacados no mundo se reúnem em Cascais para debater a liderança no feminino e os desafios da cibersegurança, no quinto encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, em que participam o Presidente e membros do Governo.

Criado há cinco anos para “juntar os portugueses de fora com os de dentro”, o Conselho da Diáspora Portuguesa reúne 95 membros, distribuídos por 27 países, das áreas das artes, ciências, cidadania e empresas.

“O nosso grande objetivo é usar esses conselheiros – e -, para melhorar e promover a imagem de Portugal fora de Portugal”, explicou o presidente da direção, Filipe de Botton, que falava à Lusa a propósito da realização do quinto encontro anual.

Um trabalho que, disse, é feito “através do Presidente da República e do ministro dos Negócios Estrangeiros, sempre em articulação com a diplomacia”. Marcelo Rebelo de Sousa e Augusto Santos Silva são, respetivamente, presidente honorário e vice-presidente honorário desta organização.

O Conselho promove “ações concretas”, disse o responsável, como “um trabalho grande para pôr à mesma mesa todos os intervenientes na área oncológica”, como o Governo, institutos oncológicos, hospitais, universidades, seguradoras, “para melhorar a prevenção oncológica e com isso ter poupanças muito significativas para o país”, combatendo uma doença que custa anualmente entre 1.200 e 1.500 milhões de euros.

Além disso, os conselheiros sugerem um “enquadramento fiscal que permita um financiamento alternativo a empresas e ao Estado português, através de uma alteração legislativa para que Portugal seja o segundo país na Europa que vai estar preparado para emitir obrigações ao abrigo da lei islâmica, podendo ir à procura de mercados alternativos”.

Outra iniciativa passa pela promoção de Portugal como destino da indústria de filmes publicitários dos EUA, um mercado avaliado em 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) anuais – um trabalho a ser desenvolvido com a secretaria de Estado do Turismo e com o Instituto do Cinema.

“Já temos um sinal de que pelo menos duas empresas vão experimentar o ‘shooting’ em Portugal. Se conseguíssemos trazer cinco por cento desse mercado, isso representaria 400 milhões de euros”, referiu.

Outra iniciativa divulgada foi o lançamento de um fundo para promover o tema da biotecnologia com a Universidade Católica do Porto, através do investimento de 50 milhões de euros em Portugal, “e que já tem resultados palpáveis”, exemplificou de Botton.

Mas, referiu, o papel do Conselho da Diáspora é de procurar “sensibilizar os principais decisores em Portugal, sejam membros do Governo sejam os intervenientes no setor em que vamos lançar o debate, para tentar promover as coisas de forma diferente”.

“O Conselho limita-se a sugerir o que achamos que podia ser feito, depois Portugal decide ou não promover. Deixamos ao critério dos decisores”, disse.

Para 2018, um dos temas que o Conselho da Diáspora pretende lançar já está escolhido: o abandono escolar.

O quinto encontro anual decorre no Palácio da Cidadela, Cascais, com a presença do Presidente de Protugal e do chefe da diplomacia portuguesa, estando em debate a “Liderança e Diversidade: Quotas são a Solução?” e “Cibersegurança: Onde Estamos?”.

Na véspera, o Conselho da Diáspora promoveu as “Conversas Improváveis”, na Universidade Católica de Lisboa, um espaço de debate entre duas figuras de destaque da diáspora portuguesa e a participação de associações de jovens da diáspora portuguesa. As sessões, de entrada livre, debateram temas como “Somos os novos nómadas?”; “Digital e criatividade podem coexistir?”; “Nascer em Portugal, abraçar o mundo”; “Ciência: promessa de um mundo melhor” e “As novas profissões: mitos e realidades”.

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