Em 2013, Ramalho quer outro presidente para Provedoria

Mundo Lusíada

O presidente da Associação Poveiros de São Paulo, Isaías José Gomes dos Santos e Fernando Ramalho, presidente da Provedoria da Comunidade Portuguesa.

Ao Mundo Lusíada, o presidente da Provedoria da Comunidade Portuguesa disse que não esperava uma doação de 20 mil reais da Associação dos Poveiros de São Paulo. “Estou muito agradecido a iniciativa da diretoria, não esperava tanto. Pelos Poveiros ter pedido essa ajuda já é para nós um bem muito grande” diz o presidente Fernando Ramalho, que na manhã deste dia 09 promoveu a Missa de Natal nas dependências da Provedoria, que todos os anos conta com a colaboração do Rancho Folclórico Pedro Homem de Mello.

Segundo Ramalho, este ano não recebeu algumas colaborações pontuais de amigos, portanto toda ajuda é muito bem-vinda. “Por outro lado, esta madrugada tivemos uma grande baixa, a dona Maria Rodrigues que faria 102 anos, faleceu esta madrugada. Então o mundo é assim, tem que ser renovado” diz o presidente citando que a iniciativa dos Poveiros é uma renovação de pessoas que se propõe a ajudá-los.

Atualmente, a Provedoria atende 50 idosos. Mas a maior dificuldade está sendo a manutenção do Centro de Apoio as Portugueses Carenciados, que receberia o subsidio do governo português este ano mas não veio. “E a última vez que veio, foi menos da metade. Fica difícil, eu vou falar com o Sr. Cônsul para que leve funcionários para lá. A Provedoria não consegue mais, fazemos o que podemos com ajuda dos amigos, mas há limites”.

Segundo Ramalho, para 2013 a entidade também não espera nenhuma ajuda de Portugal pela situação “dramática” que está o país. “Vai ser muito difícil os nossos políticos conseguir algum subsídio para fora quando lá dentro eles estão com dificuldades. Não podemos contar com o governo, nem de lá nem de cá” afirmou e reiterou que o Lar dos Idosos depende exclusivamente da doação da própria comunidade.

Este ano a Provedoria conseguiu se manter no mesmo ritmo, somente teve dificuldade com o Centro de Apoio, que funciona no edifício da Casa de Portugal de São Paulo, e portugueses carentes com cestas básicas, pagamento de remédios, assistência jurídica, inclusive à presos.

A sua gestão a frente da Provedoria termina no final de 2013, quando Ramalho completa 10 anos na presidência. “Eu gostaria muito que alguém assumisse meu lugar. Sei que é difícil mas precisamos de gente nova, novas ideias, porque acabamos nos repetindo. Além do meu cansaço” afirma Ramalho. “Isso demanda uma pessoa que possa ter tempo disponível, precisa estar estabilizada na vida. Muito jovem não pode porque está correndo atrás do leite das crianças e muito idosa fica cansada. Mas nós vamos conseguir, vai ter alguém que consiga assumir”.

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